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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017


E O PADRE LUIZ CARLOS ‘SESSENTOU’...


Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!” (Sl 39)


Quando a Igreja faz memória em sua liturgia de São Francisco Sales e nossa paróquia entoa a novena perpétua em honra ao seu Padroeiro São João Batista, a comunidade se reúne para agradecer a Deus pela vida do Padre Luiz Carlos dos Santos, carinhosamente Padre Luizinho.

A exemplo de São Francisco Sales, ele fez sua escolha de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor. Ao longo dos anos percebemos o quanto ele tem buscado e como tem descoberto o que Deus quer para a sua vida.  Sua humildade reflete nosso padroeiro, o arauto do Evangelho: “...que Ele (Jesus) cresça e que eu diminua”. Assim é o Padre Luizinho! 

A Igreja necessita de servos humildes! Sem a humildade, a vida cristã, ao invés de um manancial de águas vivas, torna-se um deserto árido. Há 21915 dias corridos o Senhor vem trabalhando este homem.

Não recordo o autor, mas existe uma frase interessante que reflete este momento: “São precisos 60 anos e não 9 meses para fazer um homem”. Isso mesmo, Padre Luiz Carlos ‘sessentou’, o que é uma grande alegria para a nossa comunidade.

Na manhã de 24 de janeiro, no Santuário São João Batista, Padre Luiz Carlos presidiu a Santa Missa, concelebrada pelos amigos Pe. José Antônio, Pe. Rodrigo Arthur e Pe. João Joaquim. Após saudar o povo, declarou: “Nunca pensei que chegaria aos sessenta, foram tantas dificuldades, mas, pela graça de Deus, hoje estou aqui para agradecer ao Senhor pelo dom da vida...”

Pontuou fatos que atestam que a mão de Deus sempre esteve presente em sua vida. Admitiu que após conhecer Jesus nunca mais foi triste, bem como todas as vezes em que decidiu fazer a vontade de Deus, anulando a sua própria vontade, nunca se arrependeu. É o efeito progressivo e transformador da humildade na vida do cristão, quando nossas atitudes são semelhantes às de Jesus e o nosso procedimento, reações e decisões têm como base os ensinamentos de Cristo e não a nossa própria vontade e temperamento.

Recordou, ainda, que fazer a vontade de Deus não é tarefa fácil, sofre-se tentando acertar, compreender e confiar no Senhor. E exortou: “Vivam! Não reclamem da vida... ofereçam cada dia um pequeno holocausto agradável a Deus!

Citou uma composição do Pe. Zezinho, a Canção dos imperfeitos, com a qual faz uma reflexão diária, cuja letra diz assim: “E se for para semear a esperança num jardim; e se for para desculpar uma criança eu digo sim; e se for para perdoar não tenho escolha... Também sou pecador, também preciso de perdão... Não sou santo nem sou anjo e nem demônio, eu sou só eu: Imperfeito, insatisfeito, mas feliz, aqui vou eu... Eu sou contradição, eu sou imperfeição, só Deus é coerente... Já sorri, já fiz feliz, já promovi, já elevei, já chorei, já fiz chorar, já me excedi, já magoei... Eu tenho coração mas sou contradição, só Deus acerta sempre por isso eu canto esta canção. Canção de amor arrependido ao Deus que é pai, ao Deus que é paz, ao Deus que é luz, ao Deus que é vida... Pois quando a gente cai, Deus age como pai: Perdoa, perdoa e torna a perdoar ... e ensina como amar...”

Emocionado, agradeceu a comunidade de Barão de Cocais, declarando que a sua memória de religiosidade e amor inabalável à presença divina foi aprendida aqui. E como um bom devoto de Nossa Senhora, não se esqueceu do carinho materno, agradecendo com um caloroso abraço Dona Lilice, sua mãe, por tudo que ela representa na sua vida.

Padre Luizinho, comemorando seus sessenta anos, não quis presentes, festas e holofotes, quis apenas estar em comunidade, quis apenas o Senhor, quis apenas a Eucaristia!

(by Elaine Batista)
PASCOM