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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

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Bolívia será a sede do próximo Congresso Missionário Americano em 2018

Missa de encerramento do CAM4-Comla9, na praça da Basílica de Nossa Senhora de Chiquinquirá, em Maracaibo, na Venezuela
Missa de encerramento do CAM4-Comla9, na praça da Basílica de Nossa Senhora de Chiquinquirá, em Maracaibo, na Venezuela
Os três mil participantes do 4º Congresso Americano Missionário (CAM 4- Comla 9) receberam com entusiasmo e muita alegria o anúncio de que a cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, será sede do próximo Congresso, em 2018. O esperado anúncio foi feito pelo arcebispo de Maracaibo, dom Ubaldo Santana, no final da missa que presidiu na tarde deste sábado, 27, encerrando o 4º CAM, na praça da Basílica de Nossa Senhora de Chiquinquirá.
Durante a missa, o arcebispo convocou a multidão presente na praça a ser missionários e profetas da esperança. “Com este Congresso, que aconteceu nesta cidade, queremos dar novo impulso à missão continental. O Advento alimenta em nós a virtude da esperança. É isso que devemos levar no nosso kit de retorno: somos missionários da esperança”, disse. “Somos chamados a fortalecer nossa esperança e superar todo pessimismo. Devemos voltar mais decididos que nunca a anunciar Jesus Cristo”, acrescentou.
Dom Ubaldo afirmou que a despedida do CAM 4 – Comla 9 deve significar novo envio para a missão e insistiu na responsabilidade do continente americano com a evangelização do mundo. “A Igreja da América tem a responsabilidade de levar sua fé até o fim do mundo. Não tenhamos a tentação de parar diante das dificuldades”. Para ele, a Igreja se renova e se fortalece, “enviando para evangelizar”.
Recordando o tempo litúrgico do Advento, iniciado pela Igreja neste domingo, dom Ubaldo destacou a necessidade dos cristãos estarem atentos e vigilantes para cumprir sua missão. “Vigiar é viver em permanente estado de serviço ao outro”, disse. “O evangelho não é um tranquilizante, mas força renovadora”.
Inspirado na palavra do profeta Isaias proclamada na liturgia, o arcebispo da “Terra do sol amada” condenou o uso de armas nucleares e conclamou os cristãos a lutarem pela paz, “As armas nucleares são mais mortíferas que as anunciadas pelo profeta Isaías. Empreguemos os recursos da tecnologia e da ciência hoje para o progresso da paz e não para a destruição de uns e de outros. Somos enviados a construir novas arcas da paz”, disse sob os aplausos da multidão.
A delegação brasileira participou ativamente da missa de encerramento do CAM4
A delegação brasileira participou ativamente da missa de encerramento do CAM4
Segundo o arcebispo, todo encontro com Jesus Cristo tem caráter missionário. “Esta praça se torna cenáculo de Pentecostes onde a Igreja recebe a força do Senhor para sair e anunciar o Evangelho. A Igreja se renova e se fortalece, enviando para evangelizar”, acentuou.
A missa foi marcada pelo entusiasmo dos missionários que, cantando, batendo palmas, dançando e agitando as bandeiras de seus países, contagiaram os outros fiéis que também participam da celebração. Em vários momentos, o rito foi rezado em mais de uma língua como as leituras, as preces da comunidade e a oração do Pai Nosso. A procissão do ofertório também destacou a diversidade das culturas que, nesses cinco dias conviveram de maneira intensa durante o Congresso Missionário.
Envio
A multidão se emocionou ainda com o envio de dez missionários para diversas partes: Moçambique (5), México (1), Nicarágua (1), Angola (1), Guatemala (1) e comunidade indígena na Amazônia venezuelana (1). Entre os enviados estão quatro leigos, três padres, duas religiosas e um diácono. A Venezuela é o país que está enviando mais missionários: sete. Os outros são um da Argentina, um do Equador e um de El Salvador. Cada um dos enviados recebeu do bispo uma cruz, símbolo da missão. “Recebe este símbolo do amor de Cristo e de nossa fé. Pregue o Cristo e Cristo crucificado”, dizia o bispo ao entregar a cruz a cada missionário.
Agradecimentos
Uma grande lista citando todos os grupos, instituições e organizações que ajudaram na promoção e realização do CAM 4-Comla 9 foi lida no final da missa pelo secretário geral do Congresso, padre Andrea Bignotti, que é também diretor das Pontifícias Obras Missionárias da Venezuela.
O destaque, no entanto, ficou para as famílias que hospedaram os missionários. Ao serem citadas, aplausos sem fim, acompanhados de gritos de alegria, tomaram conta da praça. O mesmo ocorreu quando foi lembrado também o trabalho dos mais de mil voluntários.
Fonte: POM

Mensagem final do Congresso indica orientações pastorais para a missão

Leitura da mensagem final em espanhol, inglês, francês e português
Leitura da mensagem final em espanhol, inglês, francês e português
Em mensagem final divulgada na tarde desta sexta-feira, 29, o 4º Congresso Americano Missionário (CAM 4 – Comla 9) indicou cinco orientações pastorais a serem assumidas nas comunidades eclesiais. Dizem respeito ao discipulado missionário, conversão, secularização, pluriculturalidade e missão Ad Gentes, temas abordadas pelas conferências e fóruns que marcaram o Congresso desde seu início, na última terça-feira, 26, em Maracaibo (Venezuela).
Para a missão Ad Gentes, o Congresso pede às Conferências Episcopais das Américas que, nos próximos cinco anos, assumam um lugar de missão para o qual devem enviar religiosos, religiosas, sacerdotes e leigos. “Para isso devem promover a formação sobre a Missão universal para todos os agentes pastorais”, diz a mensagem. “Isso exigirá a criação de estruturas econômicas que permitam enviar e receber missionários”, acrescenta o texto lido em quatro idiomas: espanhol, inglês, francês e português.
Quanto à pluriculturalidade, o Congresso orienta que seja promovida a interculturalidade “através de uma aproximação respeitosa da diversidade, que iluminada com o evangelho nos leve a promover ações pastorais libertadoras, descolonizadoras, com enfoque de direito e pertença cultural, revitalizando por meio da liturgia inculturada, a formação de agentes pastorais e o compromisso apostólico com a realidade social, política, econômica e cultural o anúncio do evangelho em comunidades excluídas, empobrecidas e marginalizadas. Para que nossos povos indígenas, afros e culturalmente emergentes tenham vida e vida em abundância”.
Sobre a secularizaçao, a mensagem aponta para sugere mudança de atitude e de mentalidade “em todas as estruturas humanas”; “um novo olhar das relações: evangelização com rosto humano, incluindo diálogo e respeito com os governantes e sociedades para promover e incidir pelo desenvolvimento humano, no campo e na cidade, em todo o âmbito da vida política, econômica, social, cultural e ecológica”. Para isso, diz a mensagem, é necessário priorizar a formação “em todas as estruturas eclesiais e sociais”.
A quarta orientação assumida fala da conversão eclesial em todos os níveis “a partir da escuta da Palavra que nos leve a uma comunhão eclesial que promova uma pastoral profética, que denuncie a injustiça”.
Já sobre o discipulado missionário, a mensagem diz: “nós nos propomos a agradecer e expressar o melhor que nos pode acontecer na vida, o ter encontrado Jesus Cristo, fazendo-nos discípulos missionários e renovando o compromisso e a alegria de torná-lo conhecido”.
O Congresso, que reúne 3.500 pessoas de 24 países, continua neste sábado com os missionários fazendo missão nas paróquias que os acolheram. A missa de encerramento do Congresso será às 17h, na praça da Basílica de Nossa Senhora de Chiquinquirá.
Fonte: POM