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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Vestir a fantasia da caridade neste carnaval

O bem aventurado Papa João Paulo II na sua Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte afirmava no nº 50: "É hora de uma nova fantasia da caridade que se manifeste não só na eficácia dos socorros prestados, mas na capacidade de pensar e ser solidário com quem sofre, de tal modo que o gesto de ajuda seja sentido, não como esmola humilhante, mas como partilha fraterna".

Nestes dias de carnaval que se aproximam não podemos esquecer que nossa fantasia e nossa veste é o amor cristão que nos leva a tratar as pessoas como preciosas, e por isso mesmo a abstermos de todo abuso, exploração, manipulação ou violência. Isto implica o cuidado amoroso e fraterno, a compaixão e a mansidão como expõe São Paulo na Carta aos Colossenses 3,12, que nos torna para os outros em sinal de proteção e respeito generoso.

Seria um aberrante anti testemunho, que um cristão se deixasse levar pela devassidão, a irresponsabilidade e as artimanhas do inimigo. Pelo contrário cabe aos seguidores de Cristo mostrar o sentido da verdadeira alegria, que a festa que nos faz experimentar a felicidade passa pela vivência da ternura, da bondade e do saber conviver e compartilhar juntos.

O Evangelho é sempre Boa Nova, para todas as circunstâncias e situações, especialmente aquelas que anseiam pela espontaneidade, completude e inteireza do ser, manifestando a pessoa humana, como festeira e chamada a participar do Banquete do Reino. Que possamos como São João Batista pular de júbilo diante do Senhor, dançar como o Rei Davi diante da Arca, celebrar a vida com Jesus Mestre da comensalidade solidária, mas sempre louvando a Deus com nossas palavras, atitudes e gestos.

Que sejamos portadores e promotores da cultura da paz, do cuidado e da dádiva para todos/as no Carnaval deste ano. Deus seja louvado!


Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)


Fonte: CNBB.

Pérolas Brilhantes



Neste mês de fevereiro comemoram-se duas datas tão próximas e com profundas afinidades. O dia 14 foi o dia da amizade e 21, o dia dos idosos.

Creio que o tempo que se conta vai nos auxiliando na descoberta destas riquezas que estão guardadas no baú da história de cada pessoa. Com isto pode se dizer que o tempo bem vivido torna-se fundamental para avaliar a consistência ou a superficialidade dos relacionamentos humanos.

No decorrer da vida, certamente vamos concluindo que possuímos mais colegas e nem todos atingem o nível de amigos. As duas categorias tem muita importância, mas é claro que a amizade faz a diferença. Quem conta com a verdadeira amizade, tem o prazer de cultivá-la e evita decepcionar os amigos. Sabe que dificilmente “dará murro na ponta de faca”, porque na hora certa e do jeito certo será alertado por aqueles que não tem medo de contrariá-lo.

Não dizem apenas o que o amigo gosta de ouvir, falam o que seu amigo precisa escutar. Aliás, para dizer só o que gostamos de ouvir, encontramos muitas pessoas, ao longo da vida. E também há em nós uma tendência de acolher melhor as doces mentiras e de recusar os que nos mostram com sinceridade os nossos defeitos e ilusões. Em nome de uma amizade verdadeira, eles são corajosos. Não tem medo de correr o risco de perder os amigos por serem incompreendidos. É o preço da coerência e transparência. Seu primeiro objetivo é apontar a verdade, mesmo que doa.

Outra virtude da amizade se destaca nos dois momentos da vida: tristeza e alegria. Sabem chegar do modo que for possível no momento certo. Poderia ser considerado um insulto se comparecesse apenas na hora da dor. Dizem que os falsos amigos não toleram os sucessos alheios. Não os aceitam como seus.

Existem também os interesseiros. Só comparecem nas horas brilhantes, porque visam simplesmente a busca da vantagem.

Poderíamos levar em conta muitos outros aspectos mas torna-se impraticável descrevê-los neste espaço. O que importa é a certeza de que na medida que o tempo passa o brilho vai se avolumando. Amizade e idade são dons preciosos que produzem surpresas constantes, crescem conosco e vão nos sustentando. É tão gratificante constatar que no meio dos velho e belos relacionamentos cresce na confiança o firme edifício da amizade.

Apesar de todos os desafios próprios dos idosos e da falta de políticas públicas que os assegurem, muitos se sentem amparados pela amizade de familiares e amigos. Não são poucos os que deixam esta frase ressoar: “envelhecer é um privilégio”.

Finalmente, quero concluir consciente da importância de muitos outros valores que estão marcantes na vida dos idosos e que aqui não receberam também nenhuma reflexão.

Apenas não queria deixar passar despercebida a ideia de que amigos e idosos são duas joias que vão ficar para sempre guardados na vitrine do coração da sociedade. Felizes daqueles que ficam com os olhos atentos nesta direção, a fim de que não haja desperdícios das fagulhas de sabedoria e de exemplos que dali emanam.

Pe. José de Souza Sena

Evangelho do Dia


Mc 9, 41-50 - Disse Jesus aos seus discípulos: “Quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. E se alguém escandalizar um desses pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.

Se tua mão te leva a pecar, corta-a! É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. Se teu pé te leva a pecar, corta-o! É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. Se teu olho te leva a pecar, arranca-o!

É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga”. Pois todos hão de ser salgados pelo fogo. Coisa boa é o sal. Mas se o sal se tornar insosso, com que lhe restituireis o tempero? Tende, pois, sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.


Santo do Dia
Santo Leandro 
27/02
Oração: 

Concedei-nos ó Pai, que a exemplo de São Leandro, que nós lutemos pela transformação da sociedade, oferecendo nossos dons e carismas em favor dos mais esquecidos e necessitados. Faça de nós instrumentos de conversão e ilumine-nos com a luz do Santo Espírito. Tudo isso vos pedimos por Cristo, nosso Senhor. Amém!

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR