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terça-feira, 24 de setembro de 2013

5º Fórum Social

 
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O 5º Fórum Social pela Vida, da Arquidiocese de Mariana, acontecerá nesse fim de semana, 26 a 29 de setembro, na cidade de Piranga, região centro. Com o tema “Por um Estado do Bom Viver” e lema “Em nossa organização a força da transformação”, o evento contará com a participação de 500 pessoas, entre delegados inscritos, assessores e equipe de trabalho.
Oração
Deus da justiça e da ternura; com o coração cheio de fé e de esperança, vimos colocar em tuas mãos o 5º Fórum Social pela Vida, da Igreja particular de Mariana.
Temos consciência de que é um momento marcante em nossa história e em nossa caminhada. Há muita coisa que nos inspira e nos motiva: a fecundidade do Ano da Fé, a alegria contagiante da Jornada Mundial da Juventude, o Projeto Arquidiocesano de Evangelização, que nos convida a ser uma Igreja viva, comprometida e missionária. Há também coisas que nos desafiam: o clamor dos pobres, dos injustiçados, dos excluídos, dos explorados; a natureza cada vez mais depredada; a corrupção que se alastra, o mau uso do poder.
O povo de Israel, às margens dos rios da Babilônia, chorava com saudade da sua terra, arrependido pelas divisões e infidelidades que o levaram ao exílio (Sl 137). Agora, o nosso encontro se dá às margens do Rio Piranga. Não para chorar de saudade, mas para cantar nossa esperança. Não para lamentar o passado, mas para construir um futuro melhor. Acreditamos que um outro mundo é possível. Cremos no poder da organização que leva à transformação. Por isso, não iremos pendurar nossos instrumentos. Jamais calaremos nossa voz.
Vivendo ainda o Ano da Fé, queremos reafirmar nossa adesão a Jesus Cristo e ao seu projeto de vida plena para todos. Assumimos nosso compromisso de lutar por um Estado mais democrático, que esteja de fato a serviço do povo, a serviço do bem viver.
Somos gente simples, um povo humilde, mas contamos com a força da fé, com a luz da Palavra de Deus, com o poder da organização, com o dinamismo e a alegria da juventude, com o suporte da nossa solidariedade.
Caminha conosco, Senhor! E abençoa o nosso 5º Fórum Social pela Vida. Amém!

As Próximas Ordenações Sacerdotais

 
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Depois de aprovados os pedidos de ordenação na reunião do conselho presbiteral na última quarta-feira,18, os diáconos se reuniram com o arcebispo de Mariana, dom Geraldo, e foram agendadas as próximas ordenações presbiterais na arquidiocese:
Diácono Adelson: dia 15 de novembro de 2013, às 10h, em Sericita;
Diácono Edir: dia 30 de novembro de 2013, às 10h, em Jequeri;
Diácono Thiago: dia 08 de fevereiro de 2014, às 10h, em Mariana;
Diácono Antônio: dia 15 de fevereiro de 2014, às 10h, em Carandaí.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

DÍZIMO


DÍZIMO, LEI DO AMOR

“Dá glória a Deus de bom coração e nada suprimas das primícias (do produto)
de tuas mãos. Faze todas as tuas oferendas com um rosto alegre, consagra os
dízimos com alegria. Dá ao Altíssimo conforme te foi dado por ele, dá de bom
coração de acordo com o que tuas mãos ganharam, pois o Senhor retribui a
dádiva, e recompensar-te-á tudo sete vezes mais”.(Eclesiástico 35,10-13).

DÍZIMO OU OFERTA?
O Dízimo faz
parte da lei do amor. Só quem ama a Deus e ao próximo persevera como dizimista.
E justamente por essa razão existe o quinto mandamento da Igreja - Pagar o
Dízimo segundo o costume - que não somente reconhece seu valor, como também
necessita dele para evangelizar. Com o dízimo, a evangelização se propaga de
maneira digna e equilibrada.
É verdade que na
Bíblia Sagrada Deus nos pede o Dízimo e a Oferta. “Pagai integralmente os
dízimos à casa do Senhor” (Mal 3,10). “Dizei ao povo de Israel que me
faça uma oferta diz o Senhor”(Ex 25,2). Existe uma grande diferença entre Dízimo
e Oferta, embora ambos sejam fruto de nossa fé, do nosso reconhecimento,
da nossa gratidão para com Deus, da nossa generosidade, de nosso coração. Dízimo é devolver a Deus, com fidelidade, uma parte de tudo aquilo que
Ele próprio nos dá, como primícias da nossa renda. Quer dizer que toda vez que
Deus nos dá, nós separamos “as primícias”, a parte consagrada a Ele, e fazemos
a devolução. Se a nossa renda é a colheita, nós daremos o nosso Dízimo quando
realizarmos a nossa colheita nocampo. Se a nossa renda é o nosso salário,
devolveremos nosso Dízimo como primeiro gesto de gratidão a Deus, logo que
recebermos o nosso salário. Se a nossa renda for fruto da venda de algum bem,
daremos o Dízimo da nossa renda ao receber o que ganhamos com a venda daquele
bem. O Dízimo tem um destino certo: a Igreja de Jesus Cristo, para a realização
da obra de Deus, de acordo com um plano pastoral que abrange a dimensão
religiosa, social e missionária. Este plano tem continuidade, não pode sofrer
interrupções, por isso deve contar com recursos regulares. É o Dízimo que deve sustentar o plano
pastoral da Igreja para a realização da obra de Deus. A Oferta é livre,
não tem momento certo, depende da necessidade de quem solicita e da
disponibilidade de quem oferece. As ofertas se destinam geralmente para a
realização de obras complementares ou para socorrer alguma emergência pessoal
ou comunitária, ou ajudar o plano pastoral da Igreja, mas como acréscimo ao
Dízimo, que constitui a pastoral de sustentação da vida paroquial.

OFERECER O DÍZIMO
Quando oferecemos o dízimo, por amor a Deus, o céu se abre e muitas bênçãos são
derramadas. O amor de Deus invade todo o nosso ser, transcendendo o visível,
fazendo-se percebido nas ações mais condizentes com o cristão: de fraternidade,
justiça, paciência, humildade, alegria,

Mensagem
Com o Dízimo você ajuda a transformar a Igreja para que ela seja cada vez mais unida e fraterna, a fim de que possa cumprir a sua missão evangelizadora como Jesus a quer. "tende todos um só coração e uma só alma, sentimentos de amor fraterno, de misericórdia, de humildade". Ipd3,8.
ORAÇÃO
Jesus Mestre, vós dissestes
que a vida eterna consiste em conhecer a vós e ao Pai.
Derramai
sobre nós a abundância do Espírito Santo! Que ele os ilumine, guie e fortaleça
no vosso seguimento, porque sois o único caminho para o Pai
Fazei-nos
crescer no vosso amor, para que sejamos, como o apóstolo Paulo, testemunhas
vivas do vosso Evangelho.
Com
Maria, Mãe Mestra e Rainha dos apóstolos, guardamos vossa Palavra meditando-a
em nosso coração.
Jesus
Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tende piedade de nós.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Papa nomeia Cardeal Brasileiro como seu enviado

      
cardeal Claudio Hummes
O Santo Padre nomeou o prefeito emérito da Congregação para o Clero,  cardeal brasileiro Cláudio Hummes, como seu enviado especial às celebrações conclusivas do 25º aniversário da canonização de São Roque González de Santa Cruz e dos Companheiros mártires, que serão realizadas em Assunção, no Paraguai, em 15 de novembro de 2013.
 
São Roque e seus companheiros foram alguns dos primeiros mártires sul-americanos. Foram assassinados pelos índios em 1628 e canonizados pelo papa João Paulo II. Roque González nasceu em Assunção, Paraguai, em 1576.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

XIV Simpósio Filosófico-Teológico

Documentário, comunicações, mini-Cursos e conferência movimentam o 2º dia de atividades do XIV Simpósio Filosófico-Teológico

Nesta quarta, 11, continuam as atividades do XIV Simpósio Filosófico-Teológico promovido pelo Instituto Teológico São José e pela Faculdade Arquidiocesana de Mariana – Dom Luciano Mendes, que nesta quinta (12) completa 10 anos de criação.
As atividades iniciaram as 09h, com a apresentação do Documentário-memorial, fazendo uma retrospectiva de todos os eventos marcantes no decorrer desta década de fundação. Para o referido vídeo foram colhidas reportagens de todas as entidades que a FAM realiza algum trabalho social. O documentário contou também com algumas colocações do corpo dirigente, docente e discente.
Após a apresentação, houve o lançamento do livro “Provocações Éticas” de padre Edmar José da Silva. Várias pessoas estavam presentes para este momento, vindas de varias localidades da Arquidiocese. Estavam presentes ao lado de sua família, alguns de seus paroquianos, conterrâneos, sacerdotes e diversos amigos.
Das 14h30 às 17h, ocorreram os minicursos. Estes foram anteriormente apresentados e escolhidos por cada um dos participantes do simpósio. Os temas e ministrantes foram os seguintes: F1- Experiência Mística e Filosofia na Tradição Ocidental. Ministrado por Dra. Cláudia M. Rocha Oliveira. F2- É o ateísmo premissa necessária para um novo humanismo? Ministrado por ms. diác. Robson Adriano F. Dias Fonseca. T1- Pensar a presença de Cristo no cosmos. Ministrado por ms. Aparecida Maria de Vasconcelos. T2- Filosofar na Teologia: a mediação filosófica na teologia de Karl Rahner como instância de diálogo com a realidade. Ministrado por ms. padre Luiz Antônio Reis Costa.
O tema do XIV Simpósio “A relação entre fé razão no contexto de mudança de época”, será assunto da conferência que será realizada as 19h30, finalizando o segundo dia de atividades. Este momento contará com a presença do dr. Fernando Altemyer Júnior.
Colaborou: Luis Fernando Alves Cruz – Seminarista 2º período de Filosofia


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Desabafo do Padre

Pe. Sena
 
        Se não fosse por causa de vocês, um povo bom que se encontra nesta Paróquia de São João Batista de Barão de Cocais, confesso que eu já estaria bem longe daqui, há muito tempo. Está se aproximando a data de meus dois anos de residência nesta cidade. Desde que cheguei aqui não esgotaram as surpresas agradáveis que venho redescobrindo, a cada dia, no coração de vocês, povo de fé, acolhedor e amigo.

         Somando com as aspirações e boa vontade de muitos, temos trabalhado para que sejam bem conservadas e até criadas novas condições que favoreçam a todos, através de reformas e construções. Só que vocês não ficaram sabendo e nem é hora apropriada para dizer o que passei, durante a reforma e pintura deste Santuário. Poupei vocês e evitei qualquer tipo de mal estar. Sofri no silêncio. Prefiro nem comentar. A história é longa.

        Agora, com a reforma do escritório paroquial, as mesmas situações estão querendo se repetir. O conselho municipal de patrimônio cultural me notificou, alegando que cometi irregularidades graves , segundo o parecer de alguns de seus componentes. Por isto decidi, de agora em diante, não mais sofrer calado. Quero dividir com vocês, ao menos um pouco do que está se passando comigo. Tenho absoluta certeza de que nem todos os membros que compõem este conselho atual estão de acordo com as intenções de uma minoria deles que deseja somente me crucificar.

        Disseram que me notificaram porque receberam denúncias de pessoas que afirmam que a praça Mons. Gerardo está sendo descaracterizada por mim. Eu pergunto: Estou descaracterizando o que mais, se todas as construções próximas do adro da Igreja já se encontram descaracterizadas? Existe algum prédio histórico deste lado da praça com estilo da época da construção da Igreja S. João Batista?

        Penso e me atrevo a dizer que o conselho municipal de patrimônio cultural precisa ouvir mais são os tantos elogios e demonstrações de alegria da parte daqueles que sabem apreciar e reconhecer o cuidado que se tem com o que pertence a eles. Acho que seria até uma irresponsabilidade do conselho municipal de patrimônio cultural dar ouvidos aos que são sempre do contra, apenas usufruem dos espaços da Igreja, enxergam somente o que eles querem ver. Neste meio há também políticos ou politico que com o conselho se somam mais para a defesa de seus interesses.

        Está na hora do conselho municipal de patrimônio cultural dar mais uma prova de seriedade diante do que realmente precisa ser feito pelo bem desta terra. Da minha parte não irei desmanchar nada do que foi construído com o dinheiro sagrado de um povo fiel e generoso.

        Conto com a compreensão, a amizade e o valioso apoio da oração de todos vocês para que o bom senso seja mais forte e este conselho municipal de patrimônio cultural repense as suas atitudes que poderão causar péssimas consequências, caso insistam em manter suas mesmas decisões.             

Obrigado pelo apoio.

                                                                                                                                                         Pe. Sena
                                                                                                   Barão de Cocais 08 de setembro de 2013        
Grito dos Excluídos destaca situação de trabalhadores e jovens marginalizados


A cidade de Congonhas sediou, no sábado, 7, a 19ª edição do Grito dos Excluídos na Arquidiocese de Mariana. O evento foi animado por padres e leigos ligados aos movimentos sociais e à dimensão sociopolítica da arquidiocese. A praça da matriz de Nossa Senhora da Conceição abrigou a concentração inicial do evento, que começou logo pela manhã. O pároco local, pe. Paulo Barbosa, acolheu os participantes e animou a manifestação.
Na praça, os participantes assistiram às apresentações teatrais preparadas pelo grupo de jovens Anjos da Arte. As encenações abordaram as carências do povo marginalizado e o descaso das grandes empresas e do poder público para com as necessidades dos jovens pobres e de grande parte dos cidadãos economicamente desfavorecidos. Também foram resgatadas algumas das demandas que tiveram ênfase nas grandes manifestações que agitaram o país no meio do ano.
O Grito
O Grito dos Excluídos é tradicionalmente promovido por diversas dioceses católicas em todo o país e reúne militantes de movimentos sociais, grupos estudantis, sindicatos, pastorais da Igreja e outras associações que lutam em favor das causas sociais.
Com o lema “Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular”, o Grito deste ano chamou a atenção para as condições de vida e os desafios enfrentados pelos jovens brasileiros, como a violência, a falta de empregos dignos e as drogas, além da situação dos trabalhadores da mineração. Destacou ainda questões mais localizadas, como as campanhas pela criação de um novo hospital e de novas creches municipais em Congonhas.
Durante a concentração, foram servidas refeições, água e refrigerantes para todos os participantes do Grito. Por volta de 13h30, os participantes deixaram a praça e se dirigiram em caminhada rumo à basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.
Reivindicações
Animados por um trio elétrico, os caminhantes fizeram uma parada no centro de Congonhas para que representantes de movimentos, sindicatos e associações pudessem se pronunciar.
O deputado federal Padre João (PT), sublinhou a Lei que será sancionada pela presidente, nesta segunda-feira, 9, destinando 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde .
Já o coordenador arquidiocesano de pastoral, padre Geraldo Martins, que trabalhou na assessoria política e de imprensa da CNBB nos últimos seis anos, ressaltou a importância da participação nos projetos de lei de iniciativa popular. “A 5ª Semana Social Brasileira, realizada nesta semana em Brasília, apontou três urgências que devem merecer nossa atenção: reforma política, demarcação das terras indígenas e solicitação ao papa que convoque um grande evento internacional para discutir a valorização da vida”, disse o coordenador.
Também foram cobrados mais investimentos nos serviços públicos, mais vigilância e o fim da corrupção no país, além do comprometimento do Estado com as classes populares e valorização das mulheres no mercado de trabalho e na sociedade. Os manifestantes reivindicaram ainda o fim da exploração comercial no fornecimento de bens de primeira necessidade, como água e energia.
Os protestos voltaram-se também contra os projetos de facilitação de contratação de serviços terceirizados pelas empresas, contra a redução da maioridade penal e a favor de mais reconhecimento de direitos para os povos indígenas e demarcações de terras.
Paz na Siria
Em comunhão com o papa Francisco, os animadores convocaram todos a pedirem pela paz na Síria, no Oriente Médio e em todo o mundo, pelo fim da indiferença para com as crianças que são abandonadas, para que os direitos humanos sejam mais respeitados em todos os setores da sociedade e para que os jovens sem experiência profissional tenham mais oportunidades de trabalho, mais ofertas de emprego digno.
O encerramento do evento ocorreu com a missa que abriu o jubileu do Bom Jesus, às 15h, presidida pelo arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, em frente à basílica do Bom Jesus. Em sua homilia, o arcebispo sublinhou os apelos do papa Francisco pela paz. “Não é a cultura do confronto, a cultura do conflito, aquela que constrói a convivência nos povos e entre os povos, mas sim esta: a cultura do encontro, a cultura do diálogo: este é o único caminho para a paz”, disse dom Geraldo recordando as palavras do papa.
Colaboração: Luiz Henrique e Fabiano Alves





quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Papa Francisco pede oração pela Síria

 
O papa Francisco dedicou o Angelus do último domingo, 1º, ao tema da paz, recordando os tantos conflitos em diversas partes do mundo, em especial na Síria. O papa convocou o mundo todo para um Dia de Oração e Jejum, em 7 de setembro, com um gesto simbólico que lembra o apelo feito pelo papa João Paulo II após os atentados de 11 de setembro de 2001.
 
Hoje, queridos irmãos e irmãs,
queria fazer-me intérprete do grito que se eleva, com crescente angústia, em todos os cantos da terra, em todos os povos, em cada coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da paz! É um grito que diz com força: queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado.
Vivo com particular sofrimento e com preocupação as várias situações de conflito que existem na nossa terra; mas, nestes dias, o meu coração ficou profundamente ferido por aquilo que está acontecendo na Síria, e fica angustiado pelos desenvolvimentos dramáticos que se preanunciam.
Dirijo um forte Apelo pela paz, um Apelo que nasce do íntimo de mim mesmo! Quanto sofrimento, quanta destruição, quanta dor causou e está causando o uso das armas naquele país atormentado, especialmente entre a população civil e indefesa! Pensemos em quantas crianças não poderão ver a luz do futuro! Condeno com uma firmeza particular o uso das armas químicas! Ainda tenho gravadas na mente e no coração as imagens terríveis dos dias passados! Existe um juízo de Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações aos quais não se pode escapar! O uso da violência nunca conduz à paz. Guerra chama mais guerra, violência chama mais violência.
Com todas as minhas forças, peço às partes envolvidas no conflito que escutem a voz da sua consciência, que não se fechem nos próprios interesses, mas que olhem para o outro como um irmão e que assumam com coragem e decisão o caminho do encontro e da negociação, superando o confronto cego. Com a mesma força, exorto também a Comunidade Internacional a fazer todo o esforço para promover, sem mais demora, iniciativas claras a favor da paz naquela nação, baseadas no diálogo e na negociação, para o bem de toda a população síria.
Que não se poupe nenhum esforço para garantir a ajuda humanitária às vítimas deste terrível conflito, particularmente os deslocados no país e os numerosos refugiados nos países vizinhos. Que os agentes humanitários, dedicados a aliviar os sofrimentos da população, tenham garantida a possibilidade de prestar a ajuda necessária.
O que podemos fazer pela paz no mundo? Como dizia o Papa João XXIII, a todos corresponde a tarefa de estabelecer um novo sistema de relações de convivência baseados na justiça e no amor (cf. Pacem in terris, [11 de abril de 1963]: AAS 55 [1963], 301-302).
Possa uma corrente de compromisso pela paz unir todos os homens e mulheres de boa vontade! Trata-se de um forte e premente convite que dirijo a toda a Igreja Católica, mas que estendo a todos os cristãos de outras confissões, aos homens e mulheres de todas as religiões e também àqueles irmãos e irmãs que não creem: a paz é um bem que supera qualquer barreira, porque é um bem de toda a humanidade.
Repito em alta voz: não é a cultura do confronto, a cultura do conflito, aquela que constrói a convivência nos povos e entre os povos, mas sim esta: a cultura do encontro, a cultura do diálogo: este é o único caminho para a paz.
Que o grito da paz se erga alto para que chegue até o coração de cada um, e que todos abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz.
Por isso, irmãos e irmãs, decidi convocar para toda a Igreja, no próximo dia 7 de setembro, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro, e convido também a unir-se a esta iniciativa, no modo que considerem mais oportuno, os irmãos cristãos não católicos, aqueles que pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade.
No dia 7 de setembro, na Praça de São Pedro, aqui, das 19h00min até as 24h00min, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo. A humanidade precisa ver gestos de paz e escutar palavras de esperança e de paz! Peço a todas as Igrejas particulares que, além de viver este dia de jejum, organizem algum ato litúrgico por esta intenção.
Peçamos a Maria que nos ajude a responder à violência, ao conflito e à guerra com a força do diálogo, da reconciliação e do amor. Ela é mãe: que Ela nos ajude a encontrar a paz; todos nós somos seus filhos! Ajudai-nos, Maria, a superar este momento difícil e a nos comprometer a construir, todos os dias e em todo lugar, uma autêntica cultura do encontro e da paz. Maria, Rainha da paz, rogai por nós

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Santo e Santa do dia 05 de setembro


Madre Tereza de calcutá
crianças, atraida, missionarias, doentes,
Bem-aventurada-1910-1997
Fundou a Congregação das Missionárias da Caridade
Agnes Gouxha Bojaxhiu, madre Teresa de Calcutá, nasceu, no dia 27 de agosto de 1910, em Skopje, Iugoslávia, de pais albaneses. Seus pais, Nicolau e Rosa, tiveram três filhos. Na época escolar, Agnes tornou-se membro de uma associação católica para crianças, a Congregação Mariana, onde cresceu em ambiente cristão. Aos doze anos, já estava convencida de sua vocação religiosa, atraída pela obra dos missionários.
Agnes pediu para ingressar na Congregação das Irmãs de Loreto, que trabalhavam como missionárias em sua região. Logo foi encaminhada para a Abadia de Loreto, na Irlanda, onde aprenderia o inglês e depois seria enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Feitos os votos, adotou o nome Teresa, em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionários.
Primeiramente, irmã Teresa foi incumbida de ensinar história e geografia no colégio da Congregação, em Calcutá. Essa atividade exerceu por dezessete anos. Cercada de crianças, filhas das melhores famílias de Calcutá, impressionava-se com o que via quando saia à rua: pobreza generalizada, crianças e velhos moribundos e abandonados, pessoas doentes sem a quem recorrer.
O dia 10 de setembro de 1946 ficou marcado na sua vida como o “dia da inspiração”. Numa viagem de trem ao noviciado do Himalaia, percebeu que deveria dedicar toda a sua existência aos mais pobres e excluídos, deixando o conforto do colégio da Congregação.
E assim fez. Irmã Teresa tomou algumas aulas de enfermagem, que julgava útil a seu plano, e misturou-se aos pobres, primeiro na cidade de Motijhil. A princípio, juntou cinco crianças de um bairro miserável e passou a dar-lhes escola. Passados dez dias, já se somavam cinqüenta crianças. O seu trabalho começou a ficar conhecido e a solidariedade do povo operava em seu favor, com donativos e trabalho voluntário.
Para irmã Teresa, o trabalho deveria continuar a dar frutos sem depender apenas das doações e dos voluntários. Seria necessário às suas companheiras que tivessem o espírito de vida religiosa e consagrada. Logo, uma a uma ouviram o chamado de Deus para entregarem-se ao serviço dos mais pobres. Nascia a Congregação das Missionárias da Caridade, com seu estatuto aprovado em 1950. E ela se tornou madre Teresa, a superiora.
As missionárias saíram às ruas e passaram a recolher doentes de toda espécie. Para as irmãs missionárias, cada doente, cada corpo chagado representava a figura de Cristo, e sua ajuda humanitária era a mais doce das tarefas. Somente com essa filosofia é que as corajosas irmãs poderiam tratar doentes de lepra, elefantíase, gangrena, cujos corpos, em putrefação, eram imagens horrendas que exalavam odores intoleráveis. Todos eles tinham lugar, comida, higiene e um recanto para repousar junto às missionárias.
Reconhecido universalmente, o trabalho de madre Teresa rendeu-lhe um prêmio Nobel da Paz, em 1979. Esse foi um dos muitos prêmios recebidos pela religiosa devido ao seu trabalho humanitário. Nesse período, sua obra já se havia espalhado pela Ásia, Europa, África, Oceania e Américas.
No dia 5 de setembro de 1997, madre Teresa veio a falecer, na Índia. A comoção foi mundial. Uma fila de quilômetros formou-se durante dias a fio, diante da igreja de São Tomé, em Calcutá, onde o seu corpo estava sendo velado. Ao fim de uma semana, o corpo da madre foi trasladado ao estádio Netaji, onde o cardeal Ângelo Sodano, secretário de Estado do Vaticano, celebrou a missa de corpo presente.
Em 2003, o papa João Paulo II, seu amigo pessoal, ao comemorar o jubileu de prata do seu pontificado, beatificou madre Teresa de Calcutá, reconhecida mundialmente como a “Mãe dos Pobres”. Na emocionante solenidade, o sumo pontífice disse: “Segue viva em minha memória sua diminuta figura, dobrada por uma existência transcorrida a serviço dos mais pobres entre os mais pobres, porém sempre carregada de uma inesgotável energia interior: a energia do amor de Cristo”.

Oração de Madre Teresa de Calcutá
Se você é gentil, o povo pode acusá-lo de egoísta e interesseiro.
Seja gentil assim mesmo.
Se você for um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco, o povo pode enganá-lo.
Seja honesto e franco assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, o povo pode sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.
O bem que você faz hoje, o povo pode esquecê-lo amanhã.
Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que, no fim das contas, é entre VOCÊ E DEUS.
Nunca foi entre você e o povo.
- Madre Teresa de Calcutá -

São Lourenço Justiniano-1381-1455
Filho da nobre família Justiniano, Lourenço nasceu em Veneza, no dia 1º de julho de 1380. Desde cedo, já manifestava seu repúdio ao orgulho, à ganância e à corrupção que havia em sua terra natal. Na adolescência, teve uma visão da Sabedoria Eterna e decidiu dedicar-se à vida religiosa.
Sua única ambição era amar e servir a Deus. Procurando o aprimoramento espiritual, tornou-se um mendigo em sua cidade, chegando a esmolar na porta da casa de seus próprios pais. A vanguardista Veneza do século XV era um efervescente laboratório de reforma católica, destinado a produzir frutos preciosos. Um deles foi Lourenço Justiniano.
Aos dezenove anos de idade ele era considerado um modelo de virtude, austeridade e humildade. Em 1404, já diácono, uniu-se a outros sacerdotes e ingressou no Mosteiro de São Jorge, em Alga, para viver em comunidade com eles, depois reconhecidos como “Companhia dos Cônegos Seculares”, pioneiros do esforço reformador. Tornou-se sacerdote em 1407 e dois anos depois foi eleito superior da Comunidade de São Jorge, em Alga.
Não era um bom orador, em contrapartida tornava sua pregação eficiente com sua dedicação ao mistério do confessionário, seu exemplo de humilde mendicante e seu trabalho de escritor incansável. Sua obra inclui livros para doutores e leigos, incluindo tratados teológicos e simples manuais de catequese. Os seus escritos trazem a matriz da idéia da “Sabedoria Eterna”, eixo da sua mística, tanto para a perfeição interior como para a retidão da vida episcopal.
A contragosto, em 1433, foi consagrado bispo de Castelo, uma pequena diocese. Em 1451, o papa Nicolau V extinguiu essa diocese e consagrou Lourenço Justiniano primeiro patriarca de Veneza. Nessas administrações, deixou sua marca singular impressa com suas virtudes, sendo considerado um homem sábio, piedoso e caridoso, principalmente com os mais pecadores. Nesses cargos ergueu mais de quinze conventos e muitas igrejas, aumentando, assim, seu já enorme rebanho. Tornou-se um exemplo de pastor, amado por todos os fiéis, que obedeciam à sua pregação e ao seu exemplo no seguimento de Cristo.
Rodeado por seus amigos do clero em seu leito de morte, no dia 8 de janeiro de 1456, Lourenço Justiniano deixou, como mensagem aos cristãos, observar os mandamentos da lei de Deus.
Depois de sua morte, muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão, por isso foi canonizado, no ano de 1690, pelo papa Alexandre VIII. Sua festa foi indicada para ser celebrada no dia 5 de setembro.