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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Assembleia Arquidiocesana avalia caminhada pastoral e propõe ações para o trabalho em 2015




      Terminou na manhã deste sábado, dia 29, a XXII Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, que reuniu mais de 100 pessoas entre leigos, leigas, diáconos, presbíteros e religiosas, no Seminário de Filosofia, em Mariana.

     Com o tema “Nossa comunidade eclesial à luz do PAE e da proposta de conversão pastoral”, o encontro, além de possibilitar a integração e o maior desenvolvimento do trabalho pastoral na Arquidiocese, teve também o objetivo de dar novo fôlego aos sacerdotes e leigos que assessoram, dirigem e desenvolvem atividades pastorais. “Queremos animar nossas comunidades a viverem a gratidão pelas conquistas pastorais e a buscarem com novo ardor a conversão pastoral, a fim de que nossas paróquias sejam cada vez mais lugar de missão e de vivência da fé”, explica o Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Padre Geraldo Martins Dias.

       Participaram da Assembleia os membros do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) e a Equipe Executiva do PAE. Segundo o arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, é preciso tornar efetiva a “conversão pastoral”. “Precisamos passar de uma ação pastoral de conservação para uma conversão pastoral missionária. Segundo o papa Francisco, temos que viver esta Igreja em saída, indo para fora, especialmente para as periferias humanas, existenciais mas também geográficas. Não podemos ficar somente alimentando as estruturas do passado. É necessário levarmos a proposta de Jesus Cristo para todos”, disse dom Geraldo. Ainda segundo o arcebispo, a missão é grande e importante. “A missão é muito maior que nós e ainda bem que é assim. Que o Espírito de Deus nos acompanhe para que possamos dar esta virada tão importante”, explicou.

      O trabalho de reflexão contou com a assessoria da pedagoga e integrante da Dimensão Sociopolítica, Sandra de Assis Reis, e da professora e integrante da Dimensão Litúrgica, Cleuza Aparecida Nascimento, que apresentaram um diagnóstico do trabalho pastoral na Arquidiocese, além de perguntas que motivaram a reflexão nos grupos. Após vários momentos de debate, exposição e trabalhos em grupos, os participantes redigiram um documento onde apresentam, além da avaliação do encontro, ações que vão direcionar o trabalho evangelizador em toda a Arquidiocese. No documento, os participantes afirmam que em 2015 o trabalho de escuta, definido no Plano Arquidiocesano de Evangelização (PAE), será intensificado tendo em “vista a elaboração do novo Projeto de Evangelização que deverá ter como ênfase a missão.”



Decisões e compromissos assumidos na 22ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral

     “Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas” (Ez 34,11) Reunidos na 22ª Assembleia de Pastoral da Arquidiocese de Mariana, nos dias 28 e 29 de novembro de 2014, nós leigos e leigas, presbíteros, diáconos e religiosas, representantes do Povo de Deus que está nesta Igreja Particular, guiados pelo nosso pastor, dom Geraldo Lyrio Rocha, refletimos o tema “Nossa comunidade eclesial à luz do PAE e da proposta de conversão pastoral”. Tivemos como objetivo: Animar nossas comunidades a viverem a gratidão pelas conquistas pastorais e a buscarem com novo ardor a conversão pastoral a fim de que nossas paróquias sejam cada vez mais lugar de missão e de vivência da fé.

       Alegrou-nos constatar que é cada vez maior o número de iniciativas que levam a Boa Nova do Evangelho às nossas comunidades. Cresce, entre nós, a consciência do protagonismo dos leigos e leigas. É forte a disposição de renovar nossas paróquias levando-as a uma conversão pastoral, assumindo uma atuação decididamente missionária e buscando a descentralização da paróquia e a superação de estruturas caducas que já não respondam mais às exigências de nosso tempo. O Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE) tem nos ajudado a viver a comunhão e a participação de maneira intensa. A formação, especialmente por meio dos Centros de Estudos Teológicos (CETE) tem sido uma experiência muito boa em nossas Regiões.

       A alegria destas e de outras constatações, porém, não fechou nossos olhos para nossas fraquezas e limites. Assim, constatamos, entre outras coisas, o cansaço de grande parte de nossos agentes de pastoral e de nossos presbíteros, consequência da sobrecarga de trabalhos. Lamentamos o descompasso que muitas vezes há entre ministros ordenados e agentes leigos, dificultando o anúncio do Reino. Reconhecemos nossa impotência diante de inúmeros desafios que a realidade político-social nos apresenta. Assumimos que, apesar de nossos esforços, ainda não conseguimos escutar satisfatoriamente os afastados como nos propusemos na última assembleia. Da mesma forma, admitimos nossa dificuldade em tornar a dimensão sociopolítica uma realidade presente em todas as nossas paróquias. Nosso sonho de uma Igreja toda ministerial também ainda não se concretizou satisfatoriamente.


     Debruçamo-nos sobre estas e outras questões a fim de encontrar caminhos que aperfeiçoem as experiências que estão dando certo e ajudem a superar nossos limites e desafios. Assistidos pelo Espírito
Santo, que nos reuniu nesta assembleia, consideramos como ações importantes para nosso trabalho evangelizador:


     1. Avançar no estudo, na compreensão e na investidura dos ministérios assumidos por leigos e leigas;
     2. Intensificar a formação através do Centro de Estudos Teológicos (CETE), da Escola Fé e Política
Dom Luciano Mendes de Almeida e de iniciativas de caráter popular;
     3. Dar atenção às juventudes, discutindo caminhos que reúnam as várias expressões juvenis na
Arquidiocese;
     4. Aperfeiçoar a descentralização em nossas comunidades suscitando e renovando lideranças e
buscando superar estruturas que não respondem mais aos apelos da evangelização hoje;
    5. Cuidar da espiritualidade das comunidades por meio da celebração da Palavra, retiros espirituais,Ofício Divino das Comunidades, leitura orante da Palavra;
    6. Fortalecer a dimensão sociopolítica nas paróquias a partir das pastorais sociais, especialmente a carcerária, da sobriedade e de iniciativas como a implantação dos Fóruns Intermunicipais por
políticas públicas para criança e do adolescente, bem como o enfrentamento profético do problema das drogas.


      Assumimos como prioridade para 2015 a continuidade da escuta aos afastados em vista a elaboração do novo Projeto de Evangelização que deverá ter como ênfase a missão.


       Animanos-nos a palavra de Jesus, Bom Pastor, que garante sua presença na missão que Ele mesmo  nos confia: “Eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos” Mt 28,20



Mariana, 29 de novembro de 2014.