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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Experiência missionária em Visita ao Xingu

Temos a alegria de apresentar a todos os nossos leitores a experiência missionária vivida por pessoas de nossa Arquidiocese em visita à Prelazia do Xingu. Tempo de crescimento humano e espiritual. Acompanhemos.
“Partimos Camila e Eu, de Cristiano Otoni, Ouro Preto, Belo Horizonte com destino a Altamira -Médio Xingu, Pará.  Ansiedade, muita ansiedade, expectativa! Como seríamos recebidas pelos padres missionários e pelo povo?
No aeroporto de Altamira conhecemos Yuri, militante do MAB. Muito gentil e educado, ficou conosco esperando o Pe. José Geraldo, que chegou e nos levou para visitar a secretaria do MAB, situada no bairro do Alagado, perto das casas de palafitas. Depois seguimos para Brasil Novo, uns 45 km pela Transamazônica, nosso 1º contato com essa linda região.
Chegamos à Casa Paroquial, casa ampla mais simples, onde os padres amigos, Claret e José Geraldo, nos receberam de braços abertos, com atenção e carinho especiais. E a partir daí só alegria! Conhecemos várias comunidades: dos bairros, do centro, dos quilômetros e travessões (área rural) e em todas elas fomos recebidas com muito afeto e respeito. Junto com esse povo de Deus, trabalhador, bonito, acolhedor, celebramos e agradecemos a Deus o dom da vida, da partilha, da comunhão, por diversos dias.
Com Pe. Jorge conhecemos outras comunidades e também o lado triste e cruel do Xingu – Belo Monte – devastação, poeira, barro, destruição. Seguindo nossa caminhada, tivemos a grata surpresa de conhecer Souzel e durante 4 dias, de barco, visitamos as comunidades ribeirinhas, junto com o Pe. Loivo e sua equipe. Que maravilha! As comunidades, o rio, a vegetação, o sol, as estrelas, o luar – tudo nos levou a bendizer ao Senhor! Foi muito gratificante participar esses dias da vida simples daquele povo que faz do rio a extensão de sua casa, escola e igreja.
Nas comunidades ribeirinhas os dias de celebrações são dias de festa, com batizados, 1ª eucaristia e, às vezes, até casamentos. As famílias vão chegando, cada uma em sua canoa  e trazem sua comida e colocam tudo em comum – arroz, peixe e farinha, mas também farofa de tracajá e tartaruga, uma delícia! Voltamos para Brasil Novo e participamos da 2ª Caminhada em Memória dos Mártires e Vítimas de Transamazônica.
A caminhada começou com a celebração da Santa Missa e foi pela Transamazônica a uns 5 km, o povo, carregando cruzes, cantando e rezando. Paramos onde morreu o Pe. Tore (Salvatore), num suposto acidente, há 26 anos, quando estava em companhia de Dom Erwin. Neste local foram fincadas as cruzes. Continuamos caminhando com muito respeito e terminamos a celebração no Km 23, cujo padroeiro é São Francisco. Após celebração, almoço comunitário. Também tivemos o privilégio de sermos recebidas por Dom Erwin, verdadeiro profeta de nosso tempo, que nos contou um pouco de sua história nestes 40 anos de Xingu.
Sem dúvida nenhuma, este período de aprendizagem vivido junto aos padres companheiros e missionários, Claret e José Geraldo, marcaram nossas vidas e nos deram a certeza de que vale a pena continuar nossa caminhada como missionárias do Senhor. Colaborou com o DACOM Lúgera Silva.