E O PADRE LUIZ CARLOS
‘SESSENTOU’...
Quando
a Igreja faz memória em sua liturgia de São Francisco Sales e nossa paróquia entoa
a novena perpétua em honra ao seu Padroeiro São João Batista, a comunidade se
reúne para agradecer a Deus pela vida do Padre Luiz Carlos dos Santos,
carinhosamente Padre Luizinho.
A exemplo de São Francisco
Sales, ele fez sua escolha de viver a castidade e buscar
sempre a vontade do Senhor. Ao longo dos anos percebemos o quanto ele tem buscado
e como tem descoberto o que Deus quer para a sua vida. Sua humildade reflete nosso padroeiro, o
arauto do Evangelho: “...que Ele (Jesus)
cresça e que eu diminua”. Assim é o Padre Luizinho!
A Igreja necessita de servos humildes! Sem a
humildade, a vida cristã, ao invés de um manancial de águas vivas, torna-se um
deserto árido. Há 21915
dias corridos o Senhor vem trabalhando este homem.
Não
recordo o autor, mas existe uma frase interessante que reflete este momento: “São precisos 60 anos e não 9 meses para
fazer um homem”. Isso mesmo, Padre Luiz Carlos ‘sessentou’, o que é uma
grande alegria para a nossa comunidade.
Na
manhã de 24 de janeiro, no Santuário São João Batista, Padre Luiz Carlos
presidiu a Santa Missa, concelebrada pelos amigos Pe. José Antônio, Pe. Rodrigo
Arthur e Pe. João Joaquim. Após saudar o povo, declarou: “Nunca pensei que
chegaria aos sessenta, foram tantas dificuldades, mas, pela graça de Deus, hoje
estou aqui para agradecer ao Senhor pelo dom da vida...”
Pontuou
fatos que atestam que a mão de Deus sempre esteve presente em sua vida. Admitiu
que após conhecer Jesus nunca mais foi triste, bem como todas as vezes em que
decidiu fazer a vontade de Deus, anulando a sua própria vontade, nunca se
arrependeu. É o efeito progressivo e transformador da humildade na vida do
cristão, quando nossas atitudes são semelhantes às de Jesus e o nosso
procedimento, reações e decisões têm como base os ensinamentos de Cristo e não a
nossa própria vontade e temperamento.
Recordou, ainda, que fazer a vontade de Deus não é
tarefa fácil, sofre-se tentando acertar, compreender e confiar no Senhor. E
exortou: “Vivam! Não reclamem da vida...
ofereçam cada dia um pequeno holocausto agradável a Deus! ”
Citou uma composição do Pe. Zezinho, a Canção dos
imperfeitos, com a qual faz uma reflexão diária, cuja letra diz assim: “E se for para semear a esperança num jardim; e se for para
desculpar uma criança eu digo sim; e se for para perdoar não tenho escolha... Também
sou pecador, também preciso de perdão... Não sou santo nem sou anjo e nem
demônio, eu sou só eu: Imperfeito, insatisfeito, mas feliz, aqui vou eu... Eu
sou contradição, eu sou imperfeição, só Deus é coerente... Já sorri, já fiz
feliz, já promovi, já elevei, já chorei, já fiz chorar, já me excedi, já magoei...
Eu tenho coração mas sou contradição, só Deus acerta sempre por isso eu canto
esta canção. Canção de amor arrependido ao Deus que é pai, ao Deus que é paz, ao
Deus que é luz, ao Deus que é vida... Pois quando a gente cai, Deus age como
pai: Perdoa, perdoa e torna a perdoar ... e ensina como amar...”
Emocionado, agradeceu a comunidade de Barão de
Cocais, declarando que a sua memória de religiosidade e amor inabalável à
presença divina foi aprendida aqui. E como um bom devoto de Nossa Senhora, não
se esqueceu do carinho materno, agradecendo com um caloroso abraço Dona Lilice,
sua mãe, por tudo que ela representa na sua vida.
Padre
Luizinho, comemorando seus sessenta anos, não quis presentes, festas e
holofotes, quis apenas estar em comunidade, quis apenas o Senhor, quis apenas a
Eucaristia!