Neste mês de fevereiro comemoram-se duas datas tão próximas e com profundas afinidades. O dia 14 foi o dia da amizade e 21, o dia dos idosos.
Creio que o tempo que se conta vai nos auxiliando na descoberta destas riquezas que estão guardadas no baú da história de cada pessoa. Com isto pode se dizer que o tempo bem vivido torna-se fundamental para avaliar a consistência ou a superficialidade dos relacionamentos humanos.
No decorrer da vida, certamente vamos concluindo que possuímos mais colegas e nem todos atingem o nível de amigos. As duas categorias tem muita importância, mas é claro que a amizade faz a diferença. Quem conta com a verdadeira amizade, tem o prazer de cultivá-la e evita decepcionar os amigos. Sabe que dificilmente “dará murro na ponta de faca”, porque na hora certa e do jeito certo será alertado por aqueles que não tem medo de contrariá-lo.
Não dizem apenas o que o amigo gosta de ouvir, falam o que seu amigo precisa escutar. Aliás, para dizer só o que gostamos de ouvir, encontramos muitas pessoas, ao longo da vida. E também há em nós uma tendência de acolher melhor as doces mentiras e de recusar os que nos mostram com sinceridade os nossos defeitos e ilusões. Em nome de uma amizade verdadeira, eles são corajosos. Não tem medo de correr o risco de perder os amigos por serem incompreendidos. É o preço da coerência e transparência. Seu primeiro objetivo é apontar a verdade, mesmo que doa.
Outra virtude da amizade se destaca nos dois momentos da vida: tristeza e alegria. Sabem chegar do modo que for possível no momento certo. Poderia ser considerado um insulto se comparecesse apenas na hora da dor. Dizem que os falsos amigos não toleram os sucessos alheios. Não os aceitam como seus.
Existem também os interesseiros. Só comparecem nas horas brilhantes, porque visam simplesmente a busca da vantagem.
Poderíamos levar em conta muitos outros aspectos mas torna-se impraticável descrevê-los neste espaço. O que importa é a certeza de que na medida que o tempo passa o brilho vai se avolumando. Amizade e idade são dons preciosos que produzem surpresas constantes, crescem conosco e vão nos sustentando. É tão gratificante constatar que no meio dos velho e belos relacionamentos cresce na confiança o firme edifício da amizade.
Apesar de todos os desafios próprios dos idosos e da falta de políticas públicas que os assegurem, muitos se sentem amparados pela amizade de familiares e amigos. Não são poucos os que deixam esta frase ressoar: “envelhecer é um privilégio”.
Finalmente, quero concluir consciente da importância de muitos outros valores que estão marcantes na vida dos idosos e que aqui não receberam também nenhuma reflexão.
Apenas não queria deixar passar despercebida a ideia de que amigos e idosos são duas joias que vão ficar para sempre guardados na vitrine do coração da sociedade. Felizes daqueles que ficam com os olhos atentos nesta direção, a fim de que não haja desperdícios das fagulhas de sabedoria e de exemplos que dali emanam.
Pe. José de Souza Sena
Creio que o tempo que se conta vai nos auxiliando na descoberta destas riquezas que estão guardadas no baú da história de cada pessoa. Com isto pode se dizer que o tempo bem vivido torna-se fundamental para avaliar a consistência ou a superficialidade dos relacionamentos humanos.
No decorrer da vida, certamente vamos concluindo que possuímos mais colegas e nem todos atingem o nível de amigos. As duas categorias tem muita importância, mas é claro que a amizade faz a diferença. Quem conta com a verdadeira amizade, tem o prazer de cultivá-la e evita decepcionar os amigos. Sabe que dificilmente “dará murro na ponta de faca”, porque na hora certa e do jeito certo será alertado por aqueles que não tem medo de contrariá-lo.
Não dizem apenas o que o amigo gosta de ouvir, falam o que seu amigo precisa escutar. Aliás, para dizer só o que gostamos de ouvir, encontramos muitas pessoas, ao longo da vida. E também há em nós uma tendência de acolher melhor as doces mentiras e de recusar os que nos mostram com sinceridade os nossos defeitos e ilusões. Em nome de uma amizade verdadeira, eles são corajosos. Não tem medo de correr o risco de perder os amigos por serem incompreendidos. É o preço da coerência e transparência. Seu primeiro objetivo é apontar a verdade, mesmo que doa.
Outra virtude da amizade se destaca nos dois momentos da vida: tristeza e alegria. Sabem chegar do modo que for possível no momento certo. Poderia ser considerado um insulto se comparecesse apenas na hora da dor. Dizem que os falsos amigos não toleram os sucessos alheios. Não os aceitam como seus.
Existem também os interesseiros. Só comparecem nas horas brilhantes, porque visam simplesmente a busca da vantagem.
Poderíamos levar em conta muitos outros aspectos mas torna-se impraticável descrevê-los neste espaço. O que importa é a certeza de que na medida que o tempo passa o brilho vai se avolumando. Amizade e idade são dons preciosos que produzem surpresas constantes, crescem conosco e vão nos sustentando. É tão gratificante constatar que no meio dos velho e belos relacionamentos cresce na confiança o firme edifício da amizade.
Apesar de todos os desafios próprios dos idosos e da falta de políticas públicas que os assegurem, muitos se sentem amparados pela amizade de familiares e amigos. Não são poucos os que deixam esta frase ressoar: “envelhecer é um privilégio”.
Finalmente, quero concluir consciente da importância de muitos outros valores que estão marcantes na vida dos idosos e que aqui não receberam também nenhuma reflexão.
Apenas não queria deixar passar despercebida a ideia de que amigos e idosos são duas joias que vão ficar para sempre guardados na vitrine do coração da sociedade. Felizes daqueles que ficam com os olhos atentos nesta direção, a fim de que não haja desperdícios das fagulhas de sabedoria e de exemplos que dali emanam.
Pe. José de Souza Sena