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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Sínodo, família e evangelização


Pe. Geraldo Martins Dias

O papa Francisco convocou para outubro deste ano a 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos a fim de discutir os desafios pastorais em relação à família. Essa Assembleia prepara o Sínodo ordinário de 2015. Visa avaliar a atual situação da família no contexto de evangelização, cabendo à Assembleia do próximo ano “procurar linhas de ação para a pastoral da pessoa humana e da família”.

Perguntar-se sobre o que é o Sínodo ajuda a ter uma ideia do que pode vir por aí em relação ao tema família e evangelização. A história mais recente dos Sínodos começa com o Concílio Vaticano II que, no Decreto Christus Dominus, o solicitou como forma de colaboração dos bispos com o papa no governo da Igreja. O Sínodo, segundo o Vaticano II, “agindo em nome de todo o Episcopado católico, mostra ao mesmo tempo que todos os Bispos, em comunhão hierárquica, participam da solicitude por toda a Igreja” (CD, 5).

O papa Paulo VI, ainda no calor do Concílio, em setembro de 1965, instituiu o Sínodo, como meio de “propiciar mais autêntica e eficiente participação em nosso zelo pela Igreja universal”. De acordo com Paulo VI, o Sínodo nasce da convicção que o Concílio tem da importância e da necessidade da cooperação dos bispos com o papa para o bem da Igreja. Ele ocorre a cada três anos.

O Código de Direito Canônico de 1983 estabelece as normas para o Sínodo nos cânones 342 a 348. Define-o como uma Assembleia de bispos, escolhidos nas diversas regiões do mundo, mas sem poder deliberativo. É, portanto, um órgão consultivo. Essa é uma de suas fraquezas que, possivelmente, foge das intenções do Concílio. As contribuições dos bispos são entregues ao papa que, posteriormente, publica uma Exortação Apostólica. Trata-se, evidentemente, de um documento importante que aponta caminhos para a evangelização e se torna referência para toda a Igreja. O peso, no entanto, seria outro se saísse como documento do Sínodo que, então, seria uma espécie de miniconcílio.

Em relação ao próximo Sínodo, a novidade é que será precedido por uma Assembleia Extraordinária. O mais interessante, no entanto, é que o papa Francisco está ampliando a participação da Igreja. Um longo questionário foi enviado às dioceses a fim de que envolvam o máximo de pessoas e grupos na discussão do tema. E não poderia ser diferente, afinal, o tema família toca a todos.

O questionário tenta ser o mais abrangente possível incluindo questões delicadas e, muitas vezes, espinhosas. Assim, parte da indagação sobre o conhecimento que os católicos têm dos documentos da Igreja em relação à família e chega até à complexa questão da união de pessoas do mesmo sexo, passando, antes, pela situação dos divorciados, recasados, controle de natalidade e tudo o que isso implica.

A Arquidiocese de Mariana não se omitiu. Enviado aos padres, ao Conselho Arquidiocesano de Pastoral, aos diáconos, aos seminaristas estudantes de teologia e às coordenações da Pastoral Familiar e da Dimensão Missionária, o documento de trabalho do Sínodo foi estudado e debatido por muita gente. À coordenação arquidiocesana de pastoral chegaram doze relatórios com as respostas ao questionário proposto pelo documento. Uma síntese foi feita e enviada à CNBB que recolhe a contribuição das demais dioceses para elaborar um único texto a ser enviado à Secretaria do Sínodo.

Uma breve leitura das contribuições da Arquidiocese de Mariana revela a coincidência das respostas. Mostra, por exemplo, que documentos como a Humanae Vitae e Familiaris Consortio são totalmente desconhecidos da maioria dos católicos. Os relatórios defendem que, em relação a casos complexos como união de pessoas de mesmo sexo, sacramentos para crianças de “famílias irregulares”, uniões sem o sacramento, o caminho é o da acolhida e abertura, jamais o do julgamento e exclusão.

As respostas apontam ainda muita angústia por parte dos que são impedidos de receber o sacramento, especialmente eucaristia e confissão, por causa de sua situação familiar. Reconhecem que, embora haja trabalho pastoral com as famílias nessa situação, a Igreja está longe dessas pessoas e não consegue chegar até elas. Admitem que não é fácil falar-lhes da misericórdia de Deus quando o que prevalece é a norma, a lei.

Não se vê nos relatórios nenhum estímulo à desobediência às orientações da Igreja, mas um enorme desejo de que muitas delas sejam revistas e adequadas aos novos tempos.

Ao propor que o Sínodo discuta a evangelização das famílias de modo a responder os desafios pastorais que as envolvem, o papa Francisco cria a expectativa de que alguma coisa pode mudar. Mais de uma vez ele disse que precisamos abrir portas e cultivar a cultura do encontro. “A Igreja em saída é uma Igreja com as portas abertas”, escreve em sua Exortação Evangelii Gaudium.

É dele esta esperançosa palavra: “Há outras portas que também não se devem fechar: todos podem participar de alguma forma na vida eclesial, todos podem fazer parte da comunidade, e nem sequer as portas dos sacramentos se deveriam fechar por uma razão qualquer” (EG, 47).

Que o Sínodo ajude a Igreja a abrir suas portas para todas as famílias!

24 janeiro, 2014


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Para Refletir



Lembra-se sempre de que nossa primeira missão deve ser servir - Como se consegue ser o primeiro nas coisas de Deus - Jesus falava de modo simples e humilde. Procuramos imitá-lo.

Ainda há tempo

Aproveite o início do ano para organizar melhor sua vida. Com um bom planejamento é possível conseguir um tempo maior para a família, para o lazer e também para dedicar-se mais em sua comunidade. Lembre-se sempre do tripé que deve ser a base da vida cristã: Estudo, oração e ação.


Conheçam os futuros diáconos




Mariana terá oito diáconos que serão ordenados no sábado próximo 1º de fevereiro em Conselheiro Lafaiete (MG). O arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, presidirá a cerimônia de ordenação a partir das 10h na Basílica do Sagrado Coração de Jesus.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Mudança nos horários das celebrações por motivo da Crisma

As celebrações da Crisma acontecerão 
nas seguintes comunidades:




Dia 01/02/2014-  Sábado - 19h 
 Santuário São João Batista

Dia 08/02/2014 - Sábado - 19h 
 Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro- Leão XIII

Dia 15/02/2014 - Sábado - 19h 
 Igreja Nossa Senhora do Rosário - Viúva

Dia 22/02/2014 - Sábado - 19h 
 Igreja São José

Atentos para o sábado Primeiro de fevereiro
No Santuário porque haverá celebração somente as 19 hs . 

No Rosário  a celebração será as 19h no dia 15/02 e não as 18 hs.


Nota da CNBB por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo





1.A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB se une neste 28 de janeiro - Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo – a todos que se empenham para eliminar a lamentável prática do trabalho escravo que envergonha o país e avilta a dignidade humana.

2.Esta data nos traz à memória, neste ano, os dez anos do assassinato dos profissionais do Ministério do Trabalho, mortos de forma brutal enquanto cumpriam a tarefa de fiscalização de possível situação de trabalho escravo no Município de Unaí-MG. Remete-nos também à Campanha da Fraternidade-2014 que conclamará a sociedade brasileira a tomar consciência do tráfico humano, “uma atividade ignóbil, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas”, conforme alerta do Papa Francisco.

3.Tráfico humano e trabalho escravo são atividades que têm, na miséria e na desigualdade social, espaço fértil para a ação de traficantes e exploradores, movidos pela ganância e pela certeza da impunidade. Implicam grave desrespeito aos direitos da pessoa humana, à sua dignidade, e, no caso do trabalho escravo, negam o direito de livre exercício da atividade laboral. Identificar e denunciar tais crimes é dever de toda a sociedade.
4.Causa perplexidade a disseminação da prática do trabalho escravo em diferentes ramos da economia, envolvendo pessoas do campo e da cidade, na agropecuária, na construção civil, na indústria têxtil, nas carvoarias, nos serviços hoteleiros e até em situações familiares classificadas como servidão doméstica. São imigrantes que chegam ao Brasil em busca de trabalho e sobrevivência, e brasileiros que migram internamente sonhando melhores condições de vida.

5.Diante desta triste realidade, urge reafirmar de forma inequívoca o inalienável valor da vida e da dignidade humanas que transcendem qualquer atividade econômica. Criada à imagem e semelhança de Deus, toda pessoa humana é templo de Deus que não pode ser profanado.

6.Cabe ao Estado brasileiro, em primeiro lugar, adotar medidas que erradiquem esta chaga social que vitima milhares de irmãos e irmãs. É sua responsabilidade defender e proteger os que lutam pelo fim do trabalho escravo, bem como garantir às vítimas desta prática infame a reinserção na sociedade. É dever do Estado, ainda, punir de maneira exemplar os responsáveis por este crime que clama aos céus.

7.Que Jesus Cristo, enviado do Pai para proclamar a libertação aos presos e dar liberdade aos oprimidos (cf. Lc 4,18), seja a força e a luz de todos que lutam por um Brasil justo e solidário.

Raymundo, Cardeal, Damasceno Assis

Arcebispo de Aparecida – SP

Presidente da CNBB


Dom José Belisário da Silva

Arcebispo de São Luís

Vice-presidente da CNBB
  
Dom Leonardo Steiner

Bispo-Auxiliar de Brasília – DF

Secretário-Geral da CNBB






segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

 A Pastoral da Juventude convida a todos que desejarem participar da Via Sacra encenada que se realiza dentro das celebrações da Semana Santa, para participarem de uma reunião que acontecerá dia 02 de fevereiro (domingo) ás 08h30 no Salão Paroquial.



terça-feira, 21 de janeiro de 2014

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Reunião da semana

A comunidade Católica Palavra Viva convida a todos para o 2º CineCristo dia 25 de janeiro a partir das 15h no Salão Paroquial. Adquira seu ingresso na Papelaria Nacional e no Leo Chaveiro.
·
 Reunião com todos os Jovens da Pastoral da Juventude
Dia 21/01 ás 19h30 no Salão Paroquial.

Sepultura

Diante da organização do Cemitério Paroquial pedimos as famílias das Crianças
GABRIEL SALES falecido em 2006
DOUGLAS GONÇALVES falecido em 19997
E BRENDA ELLEN DE OLIVEIRA falecida em 2001
Favor procurar a Secretária Paroquial para legalização da Sepultura, pois no local serão construídas sepulturas comunitárias.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Liturgia

No dia 15 de janeiro as 19:30 horas aconteceu mais uma reunião de liturgia no Salão Paroquial.
Nesta reunião foi renovado o pedido do padre Sena de cada equipe de celebração  fazer a escala com os nomes dos leitores e comentaristas. Sendo assim, as comunidades terão o prazo de entrega destes nomes até o dia 02/02 no escritório paroquial.

Atenção para as datas de atendimentos das confissões dos jovens que irão receber a crisma.

Comunidade do Galego 
19/01 as 14 horas
No Santuario
22/01 as 19 horas
23/01 as 19 horas
24/01 as 19 horas
 Leão XIII
25/01 as 8:30 hs.
31/01 as 19 hs
No Rosário
06/02 as 14 hs
07/02 as 9hs
Em Cocais
14/02 as 9hs e as 17 hs
São José
20/02 as 9hs e as 15 hs

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Hino da Campanha da fraternidade 2014

Tema: Fraternidade e tráfico humano
Lema: "É para a liberdade que Cristo nos libertou!"(Gl 5,1)
L. & M.: Roberto Lima de Souza

É para a liberdade que Cristo nos libertou,
Jesus libertador!
É para a liberdade que Cristo nos libertou! (Gl 5,1)

1. Deus não quer ver seus filhos sendo escravizados,
À semelhança e à sua imagem, os criou. (Cf. Gn 1,27)
Na cruz de Cristo, foram todos resgatados
Pra liberdade é que Jesus nos libertou! (Gl 5,1)

2. Há tanta gente que, ao buscar nova alvorada,
Sai pela estrada a procurar libertação;
Mas como é triste ver, ao fim da caminhada,
Que foi levada a trabalhar na escravidão!

4. Que abracemos a certeza da esperança, (Cf. Hb 6,11)
Que já nos lança, nessa marcha em comunhão.
Pra novo céu e nova terra da aliança, (Cf. Ap 21,1)
De liberdade e vida plena para o irmão... (Cf. Jo 10,10)

3. E quantos chegam a perder a dignidade,
Sua cidade, a família, o seu valor.
Falta justiça, falta mais fraternidade
Pra libertá-los para a vida e para o amor!





Festa de São Sebastião

A comunidade Vila Regina convida a todos para a participarem da novena em honra a São Sebastião, do dia 11 a 20 de janeiro, ás 19h30 no Salão Comunitário.

Dias das Inscrições para a preparação do Sacramento do Batismo em 2014

De 14 as 17 horas nas Comunidades: 
Centro, Rosário, São José, São Miguel, Santo Antonio.

Janeiro 27 e 28

Fevereiro 24 e 25

Março 24 e 25

Abril 28 e 29

Maio 26 e 27

Junho 25 e 26

Julho 28 e 29

Agosto 25 e 26

Setembro 29 e 30

Outubro 27 e 28

Novembro 24 e 25

*Os interessados deverão procurar a Igreja mais próxima de sua comunidade.

*As mães devem fazer a preparação antes da criança nascer mesmo sem terem escolhido os padrinhos.

Reuniões da Semana

Terça-feira 14/01 às 19:30 encontro com os jovens  no Salão Paroquial

Liturgia dia 15 quarta-feira as 19:30 hs com todos envolvidos nas celebrações das comunidades no Salão Paroquial.


domingo, 12 de janeiro de 2014

12 de janeiro Batismo de Jesus

Celebrar o Batismo de Jesus nos faz revivermos o nosso.
Você sabe em que dia você foi batizado(a)?
comemore.

Frase do dia

"Lembre - se da sabedoria da água: ela nunca discute com um obstáculo, simplesmente o contorna." (Augusto Cury)

Carta dos Bispos participantes do 13º Intereclesial de Comunidades Eclesiais de Base ao Povo de Deus

Irmãs e Irmãos,

“Vós sois o sal da terra (...) Vós sois a luz do mundo” (Mt 5,13.14).

Nós, bispos participantes do 13º Intereclesial de CEBs, em número de setenta e dois, como pastores do Povo de Deus, dirigimos nossa palavra a vocês participantes das Comunidades Eclesiais de Base com seus animadores e animadoras e demais irmãs e irmãos que assumem ministérios e outras responsabilidades.

Em Juazeiro do Norte (CE), terra do Padre Cícero Romão Batista, na centenária diocese de Crato, nos encontramos com romeiros e romeiras, e com eles também nos fizemos romeiros do Reino.

Acolhemos com muita a alegria a carta que o Papa Francisco enviou ao Bispo Diocesano D. Fernando Pânico trazendo a mensagem aos participantes do 13º intereclesial das CEBs e que foi lida na celebração de abertura.

Participamos das conferências; dos testemunhos no Ginásio poli-esportivo, denominado Caldeirão Beato José Lourenço; de debates e grupos em diversas escolas (ranchos e chapéus) situadas em diversas áreas das cidades de Juazeiro e do Crato; das visitas missionárias às famílias e a algumas instituições; da celebração em memória dos profetas e mártires da fé, da vida, dos direitos humanos, da justiça, da terra e das águas realizada no Horto onde se encontra a grande estátua de Pe. Cícero comungando com a causa dos pobres: povos indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e demais sofredores e com a causa do ecumenismo na promoção da cultura da vida e da paz, do encontro. Tivemos também a grande alegria de participar da celebração eucarística de encerramento na Basílica de Nossa Senhora das Dores quando todos os presentes foram enviados para que no retorno às comunidades de origem possamos ser de fato sal da terra e luz do mundo.

Estamos vendo como as CEBs estando enraizadas na Palavra de Deus, aí encontram luzes para levar adiante sua missão evangelizadora vivenciando o que nos pede a todos o lema: “Justiça e Profecia a serviço da vida”. Desse modo, cada comunidade eclesial vai sendo sal da terra e luz do mundo animando os seus participantes a darem esse mesmo testemunho.

Muito nos sensibilizaram os gritos dos excluídos que ecoaram neste 13º intereclesial: gritos de mulheres e jovens que sofrem com a violência e de tantas pessoas que sofrem as consequências do agronegócio, do desmatamento, da construção de hidrelétricas, da mineração, das obras da copa do mundo, da seca prolongada no nordeste, do tráfico humano, do trabalho escravo, das drogas, da falta de planejamento urbano que beneficie os bairros pobres; de um atendimento digno para a saúde...

Sabemos dos muitos desafios que as comunidades enfrentam na área rural e nas áreas urbanas (centro e periferias). Nossa palavra é de esperança e de ânimo junto às comunidades eclesiais de base que, espalhadas por todo este Brasil, pelo continente latino-americano e caribenho e demais continentes representados no encontro, assumem a profecia e a luta por justiça a serviço da vida. Desejamos que sejam de modo muito claro e ainda mais forte comunidades guiadas pela Palavra de Deus, celebrantes do Mistério Pascal de Jesus Cristo, comunidades acolhedoras, missionárias, atentas e abertas aos sinais da ação do Espírito de Deus, samaritanas e solidárias.

Reconhecendo nas CEBs o jeito antigo e novo da Igreja ser, muito nos alegraram os sinais de profecia e de esperança presentes na Igreja e na sociedade, dos quais as CEBs se fazem sujeito. Que não se cansem de ser rosto da Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas e não de uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças, como nos exorta o querido Papa Francisco (cf. EG 49).

Para tanto, reafirmamos, junto às Cebs, nosso empenho e compromisso de acompanhar, formar e contribuir na vivência de uma fé comprometida com a justiça e a profecia, alimentada pela Palavra de Deus, pelos sacramentos, numa Igreja missionária toda ministerial que valoriza e promove a vocação e a missão dos cristãos leigos (as), na comunhão.

Com o coração cheio de gratidão e esperança, imploramos proteção materna da Virgem Mãe das Dores e das Alegrias.

16 novos cardeais, entre eles dom Orani João Tempesta


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O papa Francisco anunciou hoje, 12, após a oração do Angelus, que no próximo 22 de fevereiro presidirá o Consistório no qual criará 16 novos cardeais, entre eles o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta. No dia 23, haverá uma solene concelebração eucarística com os novos cardeais.

"Em minha indignidade tenho certeza que a graça de Deus não me faltará para poder bem servir a Igreja nessa dimensão universal que é a dimensão do cardinalato. Peço a todos que continuem rezando por mim para que possa continuar servindo à Deus, à Igreja, como tenho servido até hoje, mas agora com essa responsabilidade maior, que se une as que já desenvolvo", disse dom Orani em entrevista ao site da arquidiocese do Rio de Janeiro.

Currículo

Paulista de São José do Rio Pardo, dom Orani João Tempesta, nasceu no dia 23 de junho de 1950, filho de Achille Tempesta e de Maria Bárbara de Oliveira.

Religioso da Ordem Cisterciense, cursou Filosofia no Mosteiro de São Bento, em São Paulo (SP) e Teologia no Instituto de Teologia Pio XI, em São Paulo (SP).

Foi ordenado presbítero na sua cidade natal, em 7 de dezembro de 1974, na paróquia São Roque, onde foi vigário e pároco.

Em sua diocese de São João da Boa Vista (SP), exerceu vários ofícios em âmbito diocesano, como coordenador da Pastoral, da Comunicação e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), professor do seminário e membro do Conselho de Presbíteros e do Colégio dos Consultores.

Em 26 de fevereiro de 1997 foi eleito bispo para a diocese de São José do Rio Preto (SP), governando-a por mais de 7 anos (01/05/1997 a 12/10/2004). Ao ser ordenado bispo em 25 de abril de 1997 pelo seu antecessor, dom José de Aquino Pereira, adotou o lema: “Que todos sejam um”.

De 1998 a 2003 foi o bispo responsável pelo Setor de Comunicação do Regional Sul 1 da CNBB (dioceses paulistas).

Desde 1998 faz parte, hoje presidente, do Conselho Superior do Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã (Inbrac), mantenedor da RedeVida de Televisão.

Enquanto bispo de São José do Rio Preto, também exerceu os ofícios de administrador da Abadia Territorial de Clavaral - MG (22/5/1999 a 11/12/2002) e de visitador apostólico do Mosteiro de São Bento, em Olinda-PE (2001 e 2002).

Em 8 de maio de 2003 foi eleito presidente da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), depois reeleito por mais um mandato, ficando até 2011 e, por consequência, também na CNBB, membro do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), do Conselho Permanente e do Conselho Econômico.

No Conselho Nacional de Comunicação Social do Senado Federal, foi representante da sociedade civil (2004 a 2007) e, desde o dia 8 de agosto de 2012, exerce a função de presidente do órgão.

Em 13 de outubro de 2004 foi eleito arcebispo metropolitano de Belém do Pará, permanecendo no oficio por mais de 4 anos (08/12/2004 a 26/02/2009).

Enquanto arcebispo de Belém, foi eleito delegado pela CNBB para a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho (Celam), realizado em Aparecida-SP (maio 2007).

Em 19 de novembro de 2008 recebeu o título de Doutor Honoris Causa pelo Centro Universitário São Camilo, dos Padres Camilianos, de São Paulo. Também foi vice-presidente do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá).

Em 27 de fevereiro de 2009 foi eleito pelo papa Bento XVI como arcebispo metropolitano da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ), tomando posse em 19 de abril do mesmo ano, até hoje.

Presidente do Instituto Brasileiro de Marketing Católico (IBMC) desde 2010, também exerce desde o dia 12 de maio de 2011 o oficio de presidente do Regional Leste 1 da CNBB (dioceses do Estado do Rio de Janeiro).

Como arcebispo do Rio, exerce ainda o ofício de presidente da Fundação Rádio Catedral, Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e presidente da Pastoral do Menor. Também foi o presidente do Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013)

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do 13º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que começa nesta terça-feira, 7, em Juazeiro do Norte (CE).

                                                               papa-francisco-10m
“A evangelização é um dever de toda a Igreja, de todo o povo de Deus: todos devemos ser romeiros, no campo e na cidade, levando a alegria do Evangelho a cada homem e a cada mulher”, disse o papa Francisco.
Intereclesial reúne integrantes das CEBs de todo o Brasil. A Arquidiocese de Mariana está representada com quatro leigos e dois padres.

Veja abaixo, a mensagem do papa.
Queridos irmãos e irmãs,
É com muita alegria que dirijo esta mensagem a todos os participantes no 13º Encontro Intereclesial das Comu
nidades Eclesiais de Base, que tem lugar entre os dias 7 e 11 de janeiro de 2014, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, sob o tema “Justiça e Profecia a Serviço da Vida”.
Primeiramente, quero lhes assegurar as minhas orações para que este Encontro seja abençoado pelo nosso Pai dos Céus, com as luzes do Espírito Santo que lhes ajudem a viver com renovado ardor os compromissos do Evangelho de Jesus no seio da sociedade brasileira. De fato, o lema deste encontro “CEBs, Romeiras do Reino, no Campo e na Cidade” deve soar como uma chamada para que estas assumam sempre mais o seu importantíssimo papel na missão Evangelizadora da Igreja.
Como lembrava o Documento de Aparecida, as CEBs são um instrumento que permite ao povo “chegar a um conhecimento maior da Palavra de Deus, ao compromisso social em nome do Evangelho, ao surgimento de novos serviços leigos e à educação da fé dos adultos” (n.178). E recentemente, dirigindo-me a toda a Igreja, escrevia que as Comunidades de Base “trazem um novo ardor evangelizador e uma capacidade de diálogo com o mundo que renovam a Igreja”, mas, para isso é preciso que elas “não percam o contato com esta realidade muito rica da paróquia local e que se integrem de bom grado na pastoral orgânica da Igreja particular” (Exort. Ap. Evangelii gaudium, 29).
Queridos amigos, a evangelização é um dever de toda a Igreja, de todo o povo de Deus: todos devemos ser romeiros, no campo e na cidade, levando a alegria do Evangelho a cada homem e a cada mulher. Desejo do fundo do meu coração que as palavras de São Paulo: “Ai de mim se eu não pregar o Evangelho” (I Co 9,16) possam ecoar no coração de cada um de vocês!
Por isso, confiando os trabalhos e os participantes do 13º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base à proteção de Nossa Senhora Aparecida, convido a todos a vivê-lo como um encontro de fé e de missão, de discípulos missionários que caminham com Jesus, anunciando e testemunhando com os pobres a profecia dos “novos céus e da nova terra”, ao conceder-lhes a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 17 de dezembro de 2013.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Arquidiocese de Mariana ganha novos diáconos em fevereiro

Os futuros diáconos receberão a ordenação em Conselheiro Lafaiete


Os futuros diáconos receberão a ordenação em Conselheiro Lafaiete

A Arquidiocese de Mariana terá oito novos diáconos que serão ordenados no dia 1º de fevereiro em Conselheiro Lafaiete (MG). O arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, presidirá a cerimônia de ordenação a partir das 10h na Basílica do Sagrado Coração de Jesus.

Serão ordenados Alex Martins de Freitas (Viçosa), D’artagnan de Almeida Barcelos (Barbacena), Geraldo Trindade (Cipotânea), Jorge Luiz Barbosa (Capela Nova), José Henrique Coêlho (Entre Rios de Minas), Luciano da Silva Roberto (Santa Bárbara), Reginaldo Coelho da Costa ( Entre Rios de Minas), Tiago da Silva Gomes (Rio Pomba).

Os futuros diáconos concluíram o curso de teologia no Seminário São José da Arquidiocese de Mariana no final do ano passado.

“O diácono é o servidor dos mais necessitados, daqueles que se encontram às margens da sociedade e da vida eclesial. Ele se coloca a serviço do altar do Senhor, de modo especial, nas celebrações da eucaristia, do matrimônio e do batismo. O ministério diaconal está ligado estritamente ao bispo e na sua missão de servir e cuidar do Povo santo de Deus”, explica o futuro diácono Geraldo Trindade.

“Uma ordenação é sempre uma alegria muito grande para a Igreja, que passa a contar com mais colaboradores dispostos a dedicarem suas vidas em favor do Reino de Deus”, completa Trindade.

sábado, 4 de janeiro de 2014

" Estamos Organizando Caravanas "


Vamos fazer presença em um momento tão importante 
na vida do Diác. Thiago

Os interessados deverão apresentar documento de identidade na Secretaria Paroquial ou procurar Gregório da Irmandade.


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Nomeações e transferências

Depois de ouvir o Conselho Episcopal, o Senhor Arcebispo Dom Geraldo Lyrio Rocha nomeou Pe. Luiz Faustino dos Santos, Vigário Paroquial da Paróquia de São João Batista, em Barão de Cocais;



Pe. Luís Faustino dos Santos
Nasc.: 05/03/1949
Ord.: 21/07/1977
Exemplo de Missionário: o Pe. Luis Faustino dos Santos natural de Cipotânea
Ele é sacerdote da Arquidiocese de Mariana e trabalha como missionário em Manaus. Ele já trabalha três anos e meio na região amazônica prestando serviço às comunidades carentes da região norte. Este missionário tem por princípio não escolher onde trabalhar e ir aonde os mais necessitados que precisam de sua ajuda. Ficou 30 meses em Porto Velho e ficou a cargo do Arcebispo, Dom Moacy Grechi, de reorganizar o Conselho Missionário Diocesano (COMIDI) e preparar as Santas Missões Populares na Arquidiocese. Segundo ele visitou todas as paróquias da Arquidiocese (24), numa área de 82.000 km2,em números redondos (aproximadamente, 4 vezes maior do que a Arquidiocese de Mariana que tem 22.000 km2, em números redondos). Trabalhando com uns 3.500 missionários/as leigos/as. Ultimamente ele está em Manaus, junto com o Pe. Leonardo, na Área Missionária São Francisco. São 16 comunidades com uma população de 80.000 habitantes. A criação de Áreas Missionárias foi uma das experiências que deram certo na Arquidiocese de Manaus, afirma. O plano consiste num conjunto de comunidades com vida própria, porém constituindo uma unidade através do Conselho de Pastoral da Área Missionária (CPAM) e dos trabalhos que realizam juntas: retiros, encontros de formação, Escola de Teologia Popular, etc. Foi uma antecipação do Documento de Aparecida, quanto à descentralização, a rede de comunidades e o empenho evangelizador.
Segundo ele os maiores desafios da Igreja Católica são as divergências internas, geradas pelo individualismo da sociedade pós-moderna, que atingiu a Igreja. Creio que o pluralismo interno da Igreja mais atrapalha do que ajuda na evangelização, afirma que a mídia, em geral, é inimiga da Igreja. Até as redes católicas de televisão deixam muito a desejar quando se trata de unidade pastoral. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aponta numa direção e algumas programações televisivas apontam para outra e, em nome do pluralismo religioso, quebram a unidade tão sonhada pelo fundador desta Igreja, Jesus Cristo (cf. Jo 17,21). Outros grandes problemas são: o eclesiocentrismo em vez do cristocentrismo; a sacramentalização em vez da evangelização; a massificação das pessoas em vez da consciência comunitária.
No mundo atual, ser cristão é uma grande aventura. Ser missionário, qualquer que seja a idade, é fazer a vida renascer a cada dia. Ser missionário é descobrir um grande prazer em pequenas coisas; é saber sorrir com as crianças, inquietar-se com os jovens, sonhar com os adultos e esperar com os idosos. Nunca diga que não é missionário. Existe a missão para quem parte para longe: são os seguidores de S. Francisco Xavier; e a missão de quem fica: são os seguidores de Santa Teresinha. É vergonhoso um padre dizer que não é missionário. A Paróquia é o lugar onde ele deve exercer sua missão, organizando e animando comunidades missionárias. Mesmo que a missão não seja uma aventura, não deixa de oferecer ao missionário-trampolins, taxados de obstáculos, que o faz caminhar para além do alcance das pernas e enxergar mais longe que o alcance das vistas. Vale a pena empenhar-se nesta busca, pois disse Jesus: “Eu estarei com vocês até o fim dos tempos” (Mt 8,20).

Inscrições Abertas para a Preparação para o Casamento


Dia: 07 a 10/01/2014
Horário: 13h ás 17h
Local: Secretaria Paroquial

Para a inscrição é necessário a presença do casal e apresentar documento de identidade.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Músicos



Reunião com todos os Ministérios e Grupos de Música de nossa Paróquia.

Dia 08/01/2014 ás 19h30 no Salão Paroquial.

Sua presença é muito importante!


10 CONSELHOS DO PAPA FRANCISCO AOS JOVENS

Por Daniel Machado
produtor do Destrave 

Garimpamos, nos discursos do Papa Francisco, desde o início de seu pontificado, dicas importantes para vivermos bem a juventude em nossos dias, assim como os desafios reservados para a nossa geração na construção de um mundo mais justo, fraterno e solidário. Os temas não possuem importância hierárquica, trata-se apenas de tópicos que nos ajudam a entender melhor a mensagem de nosso querido Pontífice aos jovens de todo o mundo.

1) Ter um coração jovem sempre: “Vós tendes uma parte importante na festa da fé! Vós nos trazeis a alegria da fé e nos dizeis que devemos vivê-la com um coração jovem sempre: um coração jovem, mesmo aos setenta, oitenta anos! Coração jovem! Com Cristo o coração não envelhece nunca!” (Homilia de Domingo de Ramos 24/03/2013 – Dia da Juventude)
2) Ir contra a corrente: “Sim, jovens, ouvistes bem: ir contra a corrente. Isso fortalece o coração, já que “ir contra a corrente” requer coragem, e o Senhor nos dá essa coragem. Não há dificuldades, tribulações, incompreensões que possam nos meter medo se permanecermos unidos a Deus como os ramos estão unidos à videira, se não perdermos a amizade d’Ele, se lhe dermos cada vez mais espaço na nossa vida”. (Santa Missa dos crismandos em Roma – 28 de abril de 2013)
3) Apostar em grandes ideais: “Não enterrem os talentos! Apostem em grandes ideais, aqueles que alargam o coração, aqueles ideais de serviço que tornam fecundos os seus talentos. A vida não é dada para que a conservemos para nós mesmos, mas para que a doemos. Queridos jovens, tenham uma grande alma! Não tenham medo de sonhar com coisas grandes!” (Catequese do dia 24/04/2013).
4) Estar com Deus em silêncio: “Aprendam a permanecer em silêncio diante d’Ele, a ler e meditar a Bíblia, especialmente os Evangelhos, a dialogar com Ele, todos os dias, para sentir a Sua presença de amizade e de amor”. (Mensagem aos jovens reunidos para a “Sexta Jornada dos Jovens” da Lituânia 28-30 de junho)
5) Rezar o Rosário: “Gostaria de destacar a beleza de uma oração contemplativa simples, acessível a todos, grandes e pequenos, cultos e pouco instruídos: a oração do Santo Rosário. O Rosário é um instrumento eficaz para nos ajudar a nos abrirmos a Deus, porque nos ajuda a vencer o egoísmo e a levar a paz aos corações, às famílias, à sociedade e ao mundo.” (Mensagem aos jovens reunidos para a “Sexta Jornada dos Jovens” da Lituânia 28-30 de junho)
6) Fazer barulho: “Aqui, no Rio, farão barulho, farão certamente. Mas eu quero que se façam ouvir também, nas dioceses, quero que saiam, quero que a Igreja saia pelas estradas, quero que nos defendamos de tudo o que é mundanismo, imobilismo, nos defendamos do que é comodidade, do que é clericalismo, de tudo aquilo que é viver fechados em nós mesmos”. (Discurso aos Jovens Argentinos durante a JMJ Rio 2013)

7) Aproximar-se da cruz de Cristo: “Queridos amigos, a Cruz de Cristo nos ensina a sermos como o Cireneu, aquele que ajuda Jesus a levar o madeiro pesado, como Maria e as outras mulheres, que não tiveram medo de acompanhar Jesus até o fim, com amor, com ternura. E você, como é? Como Pilatos, como o Cireneu, como Maria?” (Discurso aos Jovens durante a Via-sacra, em Copacabana, durante a JMJ Rio 2013)
8) Ser protagonista das mudanças: “Através de vocês, entra o futuro no mundo. Também a vocês, eu peço para serem protagonistas desta mudança. Peço-lhes para serem construtores do mundo, trabalharem por um mundo melhor. Queridos jovens, por favor, não ‘olhem da sacada’ a vida, entrem nela. Jesus não ficou na sacada, Ele mergulhou… ‘Não olhem da sacada’ a vida, mergulhem nela como fez Jesus”. (Discurso na Vigília de Oração, na praia de Copacabana, durante a JMJ Rio 2013)
9) Servir sem medo: “Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da Sua misericórdia e do Seu amor”. (Homilia da Missa de encerramento da JMJ Rio 2013)
10) Ser revolucionário: “Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é ‘curtir’ o momento, que não vale a pena se comprometer por toda a vida, fazer escolhas definitivas ‘para sempre’, uma vez que não se sabe o que nos reserva o amanhã. Nisso peço que se rebelem: que se rebelem contra a cultura do provisório, a qual, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de ‘ir contra a corrente’. E também tenham a coragem de ser felizes!” (Discurso aos voluntários da JMJ Rio 2013)


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

FRATERNIDADE, FUNDAMENTO E CAMINHO PARA A PAZ


Trecho da Mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial da Paz


1. Nesta minha primeira Mensagem para o Dia Mundial da Paz, desejo formular a todos, indivíduos e povos, votos duma vida repleta de alegria e esperança. Com efeito, no coração de cada homem e mulher, habita o anseio duma vida plena que contém uma aspiração irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros, em quem não encontramos inimigos ou concorrentes, mas irmãos que devemos acolher e abraçar.

Na realidade, a fraternidade é uma dimensão essencial do homem, sendo ele um ser relacional. A consciência viva desta dimensão relacional leva-nos a ver e tratar cada pessoa como uma verdadeira irmã e um verdadeiro irmão; sem tal consciência, torna-se impossível a construção duma sociedade justa, duma paz firme e duradoura. E convém desde já lembrar que a fraternidade se começa a aprender habitualmente no seio da família, graças sobretudo às funções responsáveis e complementares de todos os seus membros, mormente do pai e da mãe. A família é a fonte de toda a fraternidade, sendo por isso mesmo também o fundamento e o caminho primário para a paz, já que, por vocação, deveria contagiar o mundo com o seu amor.

A globalização, como afirmou Bento XVI, torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos.[1] As inúmeras situações de desigualdade, pobreza e injustiça indicam não só uma profunda carência de fraternidade, mas também a ausência duma cultura de solidariedade. As novas ideologias, caracterizadas por generalizado individualismo, egocentrismo e consumismo materialista, debilitam os laços sociais, alimentando aquela mentalidade do «descartável» que induz ao desprezo e abandono dos mais fracos, daqueles que são considerados «inúteis». Assim, a convivência humana assemelha-se sempre mais a um mero do ut des pragmático e egoísta.

«Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9)

2. Para compreender melhor esta vocação do homem à fraternidade e para reconhecer de forma mais adequada os obstáculos que se interpõem à sua realização e identificar as vias para a superação dos mesmos, é fundamental deixar-se guiar pelo conhecimento do desígnio de Deus, tal como se apresenta de forma egrégia na Sagrada Escritura.

A fraternidade, fundamento e caminho para a paz

4. Suposto isto, é fácil compreender que a fraternidade é fundamento e caminho para a paz. As Encíclicas sociais dos meus Predecessores oferecem uma ajuda valiosa neste sentido. Basta ver as definições de paz da Populorum progressio, de Paulo VI, ou da Sollicitudo rei socialis, de João Paulo II. Da primeira, apreendemos que o desenvolvimento integral dos povos é o novo nome da paz[3] e, da segunda, que a paz é opus solidaritatis, fruto da solidariedade.[4]

A redescoberta da fraternidade na economia

6. As graves crises financeiras e econômicas dos nossos dias – que têm a sua origem no progressivo afastamento do homem de Deus e do próximo, com a ambição desmedida de bens materiais, por um lado, e o empobrecimento das relações interpessoais e comunitárias, por outro – impeliram muitas pessoas a buscar o bem-estar, a felicidade e a segurança no consumo e no lucro fora de toda a lógica duma economia saudável. Já, em 1979, o Papa João Paulo II alertava para a existência de «um real e perceptível perigo de que, enquanto progride enormemente o domínio do homem sobre o mundo das coisas, ele perca os fios essenciais deste seu domínio e, de diversas maneiras, submeta a elas a sua humanidade, e ele próprio se torne objeto de multiforme manipulação, se bem que muitas vezes não diretamente perceptível; manipulação através de toda a organização da vida comunitária, mediante o sistema de produção e por meio de pressões dos meios de comunicação social».[14]

As sucessivas crises econômicas devem levar a repensar adequadamente os modelos de desenvolvimento econômico e a mudar os estilos de vida. A crise atual, com pesadas consequências na vida das pessoas, pode ser também uma ocasião propícia para recuperar as virtudes da prudência, temperança, justiça e fortaleza. Elas podem ajudar-nos a superar os momentos difíceis e a redescobrir os laços fraternos que nos unem uns aos outros, com a confiança profunda de que o homem tem necessidade e é capaz de algo mais do que a maximização do próprio lucro individual. As referidas virtudes são necessárias sobretudo para construir e manter uma sociedade à medida da dignidade humana.

A fraternidade extingue a guerra

7. Ao longo do ano que termina, muitos irmãos e irmãs nossos continuaram a viver a experiência dilacerante da guerra, que constitui uma grave e profunda ferida infligida à fraternidade.

Há muitos conflitos que se consumam na indiferença geral. A todos aqueles que vivem em terras onde as armas impõem terror e destruição, asseguro a minha solidariedade pessoal e a de toda a Igreja. Esta última tem por missão levar o amor de Cristo também às vítimas indefesas das guerras esquecidas, através da oração pela paz, do serviço aos feridos, aos famintos, aos refugiados, aos deslocados e a quantos vivem no terror. De igual modo a Igreja levanta a sua voz para fazer chegar aos responsáveis o grito de dor desta humanidade atribulada e fazer cessar, juntamente com as hostilidades, todo o abuso e violação dos direitos fundamentais do homem.[15]

Por este motivo, desejo dirigir um forte apelo a quantos semeiam violência e morte, com as armas: naquele que hoje considerais apenas um inimigo a abater, redescobri o vosso irmão e detende a vossa mão! Renunciai à via das armas e ide ao encontro do outro com o diálogo, o perdão e a reconciliação para reconstruir a justiça, a confiança e esperança ao vosso redor! «Nesta óptica, torna-se claro que, na vida dos povos, os conflitos armados constituem sempre a deliberada negação de qualquer concórdia internacional possível, originando divisões profundas e dilacerantes feridas que necessitam de muitos anos para se curarem. As guerras constituem a rejeição prática de se comprometer para alcançar aquelas grandes metas econômicas e sociais que a comunidade internacional estabeleceu».[16]

Mas, enquanto houver em circulação uma quantidade tão grande como a atual de armamentos, poder-se-á sempre encontrar novos pretextos para iniciar as hostilidades. Por isso, faço meu o apelo lançado pelos meus Predecessores a favor da não-proliferação das armas e do desarmamento por parte de todos, a começar pelo desarmamento nuclear e químico.

Não podemos, porém, deixar de constatar que os acordos internacionais e as leis nacionais, embora sendo necessários e altamente desejáveis, por si sós não bastam para preservar a humanidade do risco de conflitos armados. É precisa uma conversão do coração que permita a cada um reconhecer no outro um irmão do qual cuidar e com o qual trabalhar para, juntos, construírem uma vida em plenitude para todos. Este é o espírito que anima muitas das iniciativas da sociedade civil, incluindo as organizações religiosas, a favor da paz. Espero que o compromisso diário de todos continue a dar fruto e que se possa chegar também à efetiva aplicação, no direito internacional, do direito à paz como direito humano fundamental, pressuposto necessário para o exercício de todos os outros direitos.

A corrupção e o crime organizado contrastam a fraternidade

8. O horizonte da fraternidade apela ao crescimento em plenitude de todo o homem e mulher. As justas ambições duma pessoa, sobretudo se jovem, não devem ser frustradas nem lesadas; não se lhe deve roubar a esperança de podê-las realizar. A ambição, porém, não deve ser confundida com prevaricação; pelo contrário, é necessário competir na mútua estima (cf. Rm 12, 10). Mesmo nas disputas, que constituem um aspecto inevitável da vida, é preciso recordar-se sempre de que somos irmãos; por isso, é necessário educar e educar-se para não considerar o próximo como um inimigo nem um adversário a eliminar.

A fraternidade gera paz social, porque cria um equilíbrio entre liberdade e justiça, entre responsabilidade pessoal e solidariedade, entre bem dos indivíduos e bem comum. Uma comunidade política deve, portanto, agir de forma transparente e responsável para favorecer tudo isto. Os cidadãos devem sentir-se representados pelos poderes públicos, no respeito da sua liberdade. Em vez disso, muitas vezes, entre cidadão e instituições, interpõem-se interesses partidários que deformam essa relação, favorecendo a criação dum clima perene de conflito.

Um autêntico espírito de fraternidade vence o egoísmo individual, que contrasta a possibilidade das pessoas viverem em liberdade e harmonia entre si. Tal egoísmo desenvolve-se, socialmente, quer nas muitas formas de corrupção que hoje se difunde de maneira capilar, quer na formação de organizações criminosas – desde os pequenos grupos até àqueles organizados à escala global – que, minando profundamente a legalidade e a justiça, ferem no coração a dignidade da pessoa. Estas organizações ofendem gravemente a Deus, prejudicam os irmãos e lesam a criação, revestindo-se duma gravidade ainda maior se têm conotações religiosas.

Penso no drama dilacerante da droga com a qual se lucra desafiando leis morais e civis, na devastação dos recursos naturais e na poluição em curso, na tragédia da exploração do trabalho; penso nos tráficos ilícitos de dinheiro como também na especulação financeira que, muitas vezes, assume caracteres predadores e nocivos para inteiros sistemas econômicos e sociais, lançando na pobreza milhões de homens e mulheres; penso na prostituição que diariamente ceifa vítimas inocentes, sobretudo entre os mais jovens, roubando-lhes o futuro; penso no abomínio do tráfico de seres humanos, nos crimes e abusos contra menores, na escravidão que ainda espalha o seu horror em muitas partes do mundo, na tragédia frequentemente ignorada dos emigrantes sobre quem se especula indignamente na ilegalidade. A este respeito escreveu João XXIII: «Uma convivência baseada unicamente em relações de força nada tem de humano: nela veem as pessoas coarctada a própria liberdade, quando, pelo contrário, deveriam ser postas em condição tal que se sentissem estimuladas a procurar o próprio desenvolvimento e aperfeiçoamento».[17]Mas o homem pode converter-se, e não se deve jamais desesperar da possibilidade de mudar de vida. Gostaria que isto fosse uma mensagem de confiança para todos, mesmo para aqueles que cometeram crimes hediondos, porque Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva (cf. Ez 18, 23).

No contexto alargado da sociabilidade humana, considerando o delito e a pena, penso também nas condições desumanas de muitos estabelecimentos prisionais, onde frequentemente o preso acaba reduzido a um estado sub-humano, violado na sua dignidade de homem e sufocado também em toda a vontade e expressão de resgate. A Igreja faz muito em todas estas áreas, a maior parte das vezes sem rumor. Exorto e encorajo a fazer ainda mais, na esperança de que tais ações desencadeadas por tantos homens e mulheres corajosos possam cada vez mais ser sustentadas, leal e honestamente, também pelos poderes civis.

A fraternidade ajuda a guardar e cultivar a natureza

9. A família humana recebeu, do Criador, um dom em comum: a natureza. A visão cristã da criação apresenta um juízo positivo sobre a licitude das intervenções na natureza para dela tirar benefício, contanto que se atue responsavelmente, isto é, reconhecendo aquela «gramática» que está inscrita nela e utilizando, com sabedoria, os recursos para proveito de todos, respeitando a beleza, a finalidade e a utilidade dos diferentes seres vivos e a sua função no ecossistema. Em suma, a natureza está à nossa disposição, mas somos chamados a administrá-la responsavelmente. Em vez disso, muitas vezes deixamo-nos guiar pela ganância, pela soberba de dominar, possuir, manipular, desfrutar; não guardamos a natureza, não a respeitamos, nem a consideramos como um dom gratuito de que devemos cuidar e colocar ao serviço dos irmãos, incluindo as gerações futuras.

De modo particular o sector produtivo primário, o sector agrícola, tem a vocação vital de cultivar e guardar os recursos naturais para alimentar a humanidade. A propósito, a persistente vergonha da fome no mundo leva-me a partilhar convosco esta pergunta: De que modo usamos os recursos da terra? As sociedades atuais devem refletir sobre a hierarquia das prioridades no destino da produção. De fato, é um dever impelente que se utilizem de tal modo os recursos da terra, que todos se vejam livres da fome. As iniciativas e as soluções possíveis são muitas, e não se limitam ao aumento da produção. É mais que sabido que a produção atual é suficiente, e todavia há milhões de pessoas que sofrem e morrem de fome, o que constitui um verdadeiro escândalo. Por isso, é necessário encontrar o modo para que todos possam beneficiar dos frutos da terra, não só para evitar que se alargue o fosso entre aqueles que têm mais e os que devem contentar-se com as migalhas, mas também e sobretudo por uma exigência de justiça e equidade e de respeito por cada ser humano. Neste sentido, gostaria de lembrar a todos o necessáriodestino universal dos bens, que é um dos princípios fulcrais da doutrina social da Igreja. O respeito deste princípio é a condição essencial para permitir um acesso real e equitativo aos bens essenciais e primários de que todo o homem precisa e tem direito.

Conclusão


10. Há necessidade que a fraternidade seja descoberta, amada, experimentada, anunciada e testemunhada; mas só o amor dado por Deus é que nos permite acolher e viver plenamente a fraternidade.

O necessário realismo da política e da economia não pode reduzir-se a um tecnicismo sem ideal, que ignora a dimensão transcendente do homem. Quando falta esta abertura a Deus, toda a atividade humana se torna mais pobre, e as pessoas são reduzidas a objeto passível de exploração. Somente se a política e a economia aceitarem mover-se no amplo espaço assegurado por esta abertura Àquele que ama todo o homem e mulher, é que conseguirão estruturar-se com base num verdadeiro espírito de caridade fraterna e poderão ser instrumento eficaz de desenvolvimento humano integral e de paz.

Nós, cristãos, acreditamos que, na Igreja, somos membros uns dos outros e todos mutuamente necessários, porque a cada um de nós foi dada uma graça, segundo a medida do dom de Cristo, para utilidade comum (cf. Ef 4, 7.25; 1 Cor 12, 7). Cristo veio ao mundo para nos trazer a graça divina, isto é, a possibilidade de participar na sua vida. Isto implica tecer um relacionamento fraterno, caracterizado pela reciprocidade, o perdão, o dom total de si mesmo, segundo a grandeza e a profundidade do amor de Deus, oferecido à humanidade por Aquele que, crucificado e ressuscitado, atrai todos a Si: «Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei. Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 34-35). Esta é a boa nova que requer, de cada um, um passo mais, um exercício perene de empatia, de escuta do sofrimento e da esperança do outro, mesmo do que está mais distante de mim, encaminhando-se pela estrada exigente daquele amor que sabe doar-se e gastar-se gratuitamente pelo bem de cada irmão e irmã.

Cristo abraça todo o ser humano e deseja que ninguém se perca. «Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele» (Jo 3, 17). Fá-lo sem oprimir, sem forçar ninguém a abrir-Lhe as portas do coração e da mente. «O que for maior entre vós seja como o menor, e aquele que mandar, como aquele que serve – diz Jesus Cristo –. Eu estou no meio de vós como aquele que serve» (Lc 22, 26-27). Deste modo, cada atividade deve ser caracterizada por uma atitude de serviço às pessoas, incluindo as mais distantes e desconhecidas. O serviço é a alma da fraternidade que edifica a paz.

Que Maria, a Mãe de Jesus, nos ajude a compreender e a viver todos os dias a fraternidade que jorra do coração do seu Filho, para levar a paz a todo o homem que vive nesta nossa amada terra.