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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Papa às famílias: “Solidão e isolamento, maus conselheiros”
Encerrando essa segunda-feira (15), o Papa cumpriu um evento que consta quase sempre na agenda de suas viagens internacionais: o encontro com as famílias.
Antes de ingressar no estádio de Tuxtla Gutiérrez, o Papa deu voltas com o papamóvel, aproximando-se das milhares de pessoas que estavam nas redondezas. Dentro do estádio, mais de 50 mil o aguardavam cantando o hino preparado para a visita, “Francisco, amigo”, e dançando músicas típicas. O encontro começou com uma saudação do Arcebispo Fabio Martínez Castilla, que entregou como presente a Francisco uma estola bordada com rostos de crianças. A seguir, foi a vez de quatro famílias darem o seu testemunho.
O primeiro testemunho foi o de Manuel, 14 anos, vítima de distrofia muscular. Ele agradeceu ao Papa por ser amigo dos jovens e por levar a sua mensagem ao povo do Chiapas e lhe pediu para rezar por todos os adolescentes que vivem desanimados e atravessam momentos difíceis.
Em seguida, um casal ofereceu um depoimento sobre a sua vida de seus pais, que têm 50 anos de casados. Falaram da aliança matrimonial, do amor fiel e de sua participação nos sacramentos.
A terceira família era formada por um casal de divorciados e recasados civilmente, que não têm acesso à comunhão, mas participam da comunidade e têm a percepção de recebê-la, segundo revelaram, através do serviço a seus irmãos mais carentes, doentes ou encarcerados.
O último testemunho foi o de Beatriz, enfermeira e mãe solteira, de origem simples, que renunciou ao aborto várias vezes e criou seus filhos sozinha. Ela pediu a Deus que, assim como ela foi amada e acolhida pela Igreja, outras mulheres tenham esta mesma bênção.
Obrigado por nos deixar sentar em suas mesas
O Papa iniciou seu discurso agradecendo estas famílias, que “nos permitiram sentar à sua ‘mesa’ onde partilham o pão que as alimenta e o suor perante as dificuldades diárias: o pão das alegrias, da esperança, dos sonhos, e o suor perante as amarguras, as decepções e as quedas: Obrigado por nos ter permitido sentar à sua mesa e conhecer o seu lar”.
Partindo das palavras de Manuel, que se “encheu de vontade” para a vida, Francisco refletiu que “é isto o que Deus sempre sonhou: quando chegou a plenitude dos tempos, Deus Pai encheu de vontade a humanidade para sempre, dando-nos o seu Filho”. O Papa emocionou todos ao citar o exemplo dos pais de Manuel, que ouviram ajoelhados o testemunho do menino.
E sempre com mais vigor, Francisco disse, quase gritando, que “Deus Pai encheu de vontade a nossa vida, porque o seu nome é amor, é dom gratuito, é dedicação, é misericórdia. Ele nos mostrou isso tudo, em toda a sua força e clareza, no seu Filho Jesus, que gastou a sua vida até à morte para tornar possível o Reino de Deus; um Reino que tem sabor de família, que tem sabor de vida partilhada”.
Precariedade e isolamento, maus conselheiros
Lembrando o testemunho de Beatriz, Francisco afirmou que “a precariedade ameaça não só o estômago (o que é já muito!), mas pode ameaçar também a alma, pode insinuar-se em nós sem nos darmos conta: é a precariedade que nasce da solidão e do isolamento; e o isolamento é sempre um mau conselheiro”.
A receita para combater esta situação, que nos torna vulneráveis a muitas soluções aparentes, pode ser concretizada, por exemplo, por meio de leis que protejam e garantam o mínimo necessário para que as famílias e cada pessoa cresçam através do estudo e de um trabalho digno. Outro caminho é o compromisso pessoal, como sublinharam os testemunhos de Humberto e Cláudia: transmitindo o amor de Deus no serviço e na assistência aos outros. “Leis e engajamento pessoal são um binômio muito útil para romper a espiral de precariedade”, frisou o Pontífice.
Abordando as dificuldades que fragilizam as famílias hoje e que tornam suas vidas por vezes árduas e dolorosas, o Papa disse preferir uma família ferida que cada dia procura harmonizar o amor, a uma sociedade doente pelo confinamento e a comodidade do medo de amar. E criticou a “colonização ideológica que apresenta a família como um ‘modelo superado'”.
“Prefiro famílias feridas”
“Prefiro uma família que procura uma vez e outra recomeçar a uma sociedade narcisista e obcecada com o luxo e o conforto. Prefiro uma família com o rosto cansado pelos sacrifícios aos rostos embelezados que nada entendem de ternura e compaixão”.
Terminando seu discurso, Francisco pediu a todos que rezassem com ele a Ave Maria e levou flores a uma imagem da Sagrada Família.
Outro momento tocante foi quando o Papa interrompeu o andamento do encontro e às beiras do palco, pediu que erguessem um menino com deficiências, cadeirante, até o ponto em que o pudesse tocar e beijar. Em vários momentos do evento, o Pontífice trocou o seu carinho com as crianças presentes.
Promessas matrimoniais renovadas
Na sequência, cerca de 200 casais com mais de 50 anos de matrimônio renovaram suas promessas matrimoniais diante do Papa e cantaram o hino “Amar é entregar-se”. Uma família fez uma oração, cantaram todos juntos o Pai Nosso e o Papa concedeu a bênção, encerrando o encontro.
Em seguida, o Papa se dirigiu ao aeroporto da cidade, de onde voou até Cidade do México, para passar a noite na Nunciatura Apostólica.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
Horários das Celebrações nesta Quarta feira de Cinzas
07h e 19h30 - Santuário São João Batista
19h30 - Igreja Nossa Senhora Perpétuo Socorro
19h30 - Igreja Nossa Senhora do Rosário
A Quarta-feira de Cinzas foi instituída há muito tempo na Igreja; marca o início da Quaresma, tempo de penitência e oração mais intensa. Para os antigos judeus se sentar sobre as cinzas já significava arrependimento dos pecados e volta para Deus. As Cinzas bentas e colocadas sobre as nossas cabeças nos fazem lembrar que vamos morrer; que somos pó e que ao pó da terra voltaremos (cf. Gn 3, 19) para que nosso corpo seja refeito por Deus de maneira gloriosa para não mais perecer.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
Padre José Antônio de Oliveira é novo pároco de São João Batista, em Barão de Cocais
A paróquia São João Batista, em Barão de Cocais, Região Pastoral Mariana Norte, recebeu na quarta-feira, 3 de fevereiro, seu novo pároco, o padre José Antônio de Oliveira. Pela primeira vez na região norte, ele foi acolhido com muitas emoções e homenagens. Com a presença do vigário episcopal da região, padre José Geraldo Coura, e do vgário geral, monsenhor Celso Murilo Souza, além de 14 padres da Arquidiocese.
Com quase 40 anos como padre, José Antônio já cumpriu sua missão em muitas paróquias e já exercitou diversas atividades na Igreja. “Em todo lugar há trabalho a ser feito, gente à espera da Palavra, da Eucaristia, do carinho, e desafios a serem enfrentados. Quem age é o Espírito Santo. Somos “servos inúteis”. O importante é passar um bom tempo mais ouvindo, observando, rezando, até ir percebendo as maiores necessidades”, conta.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
Casa comum, nossa responsabilidade
A Campanha da Fraternidade deste ano terá como plano de fundo das reflexões a situação do saneamento básico no Brasil. Uma proposta que está em sintonia com a Encíclica do papa Francisco, “Laudato Si”.
O objetivo da campanha é debater com a sociedade as questões relativas ao saneamento básico a fim de garantir o desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida dos brasileiros. O tema escolhido para a reflexão é “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24).
Realizada durante a quaresma, essa edição será ecumênica, ou seja, a coordenação é da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil e do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil. Integram a comissão da Campanha de 2016 a Igreja Católica, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (Ieab), Igreja Presbiteriana Unida (IPU), Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia (Isoa), Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (Ceseep), Igreja Visão Mundial e Igreja Aliança de Batistas do Brasil.
Para adquirir o o texto-base da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2016 acesse:www.edicoescnbb.com.br/cfe2016. O texto-base está organizado em cinco partes, a partir do método“ver, julgar e agir”.
Fonte: Conic
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016
Despedida
A casa paroquial de São
João Batista felizmente ainda é um lugar que nos sugere acomodar no seu sossego
próprio, vindo das matas que a circundam, onde os pássaros se sentem abrigados
e nos preenche de alegria com o seu canto, desde o amanhecer. Ainda nos
deparamos com o coração fervoroso de um povo amigo em todas as nossas
comunidades urbanas e rurais. Isto nos encanta, embala, anima e nos descansa.
Estes e outros sentimentos me sustentaram, durante este breve período que aqui
permaneci. Posso dizer que humanamente falando, gostaria de ficar neste
aconchego por mais tempo!
Nos últimos meses de
2015 fui sacudido e inquietado para tomar um novo rumo na vida. Tudo começou,
quando o Bispo Dom Sebastião, da Diocese de Coroatá, do estado do Maranhão, me
fez um convite para trabalhar naquela região. Seus argumentos de justificativa
me convenceram que, de fato, eles de lá
tem mais carência de sacerdotes do que nós da Arquidiocese de Mariana. Não tive
coragem de dizer não.
Depois de 32 anos de
serviço à nossa querida Arquidiocese, agora sei que estou me dirigindo ao
encontro de maiores desafios, mas estou levando comigo muitas disposições para
servir. Tenho certeza de que a graça de Deus, sempre indispensável em nossa
vida, nos acompanhará.
Agradeço imensamente
a Arquidiocese de Mariana, na pessoa de nosso arcebispo Dom Geraldo, que está
me confiando esta tarefa. Sou também muito grato a esta paróquia de São João
Batista, de Barão de Cocais que me acolheu com muito carinho e certamente
acolherá, do mesmo modo, o companheiro e irmão no sacerdócio, Pe José Antônio
de Oliveira. Acrescento aos meus agradecimentos, o Diácono José Apolinário, Pe.
Anderson, Pe. André, Pe. Luiz Faustino, Seminarista, os Leigos e leigas que
através das diversas atividades nos ajudaram muito no crescimento desta paróquia. O mesmo
sentimento se estende aos Sacerdotes, filhos desta terra e aos demais que, em
várias ocasiões, deixaram aqui sua colaboração. Ainda ficam incluídos na minha
gratidão todas as Comunidades com seus respectivos Conselhos, o Conselho
Paroquial de Pastoral, nossos Secretário e Secretárias e Funcionários e
Servidores desta Paroquia. Não posso deixar esquecidos os paroquianos da Paróquia São José desta cidade que tiveram
também grande participação no exercício de meu ministério. Na pessoa do Pe. Ronaldo Miranda quero
expressar meus agradecimentos, desejando-lhe muitas felicidades que virão desta
promissora Paróquia.
Uns me perguntam se
alguma coisa me contrariou, durante este tempo e eu respondo: Sabendo que nem
tudo são flores, aprendemos conviver com os espinhos. Neste período foram
maiores os momentos mais importantes, emocionantes e gratificantes que os
aborrecimentos tornaram-se insignificantes. Foram descartados. Na bagagem de
minha vida, optei por não carregar esse tipo de peso. Estou saindo com um
gostinho de quero mais. Feliz e enriquecido pela amizade de tantos. É provável
que eu tenha ferido alguém de alguma forma, mas rezo por eles e peço a Deus que
irá abençoar a todos e inspirar o Pe. José Antônio pra realizar um trabalho que
compensará o que eu não consegui fazer, em favor de um bem maior do nosso povo.
Faço votos que ele
também seja muito feliz aqui.
Um abraço a todos e
até uma próxima oportunidade.
Pe. José de Souza
Sena
29 de Janeiro de 2016
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