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Hosana ao filho de Davi!
Bendito o que vem em nome do senhor!
Hosana ao filho de Davi! Rei de Israel, Hosana nas alturas!
Somos convidados a reconhecer
que Ele é verdadeiramente o Senhor, mas um Senhor que ultrapassa o jeito humano
de compreender. Jesus vem montado num jumentinho, entrega-se livremente nas
mãos dos algozes e morre injustamente na cruz. Com isso, Ele não apenas assume
para si a figura do Servo Sofredor, como manifesta de modo definitivo que sua
divindade, exceto no pecado, assume, por amor, a nossa humanidade.
A celebração desse domingo “(..)
tem, por assim dizer, duplo sabor: doce e amargo. É jubilosa e dolorosa, pois
nela celebramos o Senhor que entra em Jerusalém, aclamado pelos seus discípulos
como rei; ao mesmo tempo, porém, proclama-se solenemente a narração evangélica
de sua Paixão. Por isso, o nosso coração experimenta o contraste pungente e prova,
embora numa medida mínima, aquilo que deve ter sentido Jesus em seu coração
naquele dia, quando rejubilou com os seus amigos e chorou sobre Jerusalém.
(..) O Evangelho, proclamado
antes da procissão, apresenta Jesus que desce do Monte das Oliveiras montado
num jumentinho, sobre o qual ainda ninguém se sentara; evidencia o entusiasmo
dos discípulos, que acompanham o Mestre com aclamações festivas; e pode-se,
provavelmente, imaginar que isso contagiou os adolescentes e os jovens da
cidade, que se juntaram ao cortejo com os seus gritos. O próprio Jesus
reconhece neste jubiloso acolhimento uma força irreprimível querida por Deus,
respondendo assim aos fariseus escandalizados: «Eu vos digo, se eles se
calarem, as pedras gritarão».”(Papa Francisco, homilia 09.04.2017)
Os ramos significam a vitória:
“Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de
Israel; hosana nas alturas”. Os ramos santos nos fazem lembrar que somos
batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores
da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que esta é
desvalorizada e espezinhada.
Os ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a Missa, lembram-nos de
que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua
contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à
Ressurreição.
O sentido da Procissão de Ramos
é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da
vida eterna com Deus, nos recordando que somos apenas peregrinos neste mundo
tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente e nos mostra que
a nossa pátria não é neste mundo, mas sim na eternidade. Pois o nosso lugar é o
Céu!
A celebração traz, ainda, a narrativa de São
Lucas sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus, Sua angústia mortal no Horto das
Oliveiras, o Sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão,
os maus-tratos causados pelas mãos dos soldados na casa de Anás, Caifás; Seu
julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, Sua condenação,
o povo a vociferar “crucifica-o, crucifica-o”; as bofetadas, as humilhações, o
caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas
mulheres, o terrível madeiro da cruz, Seu diálogo com o bom ladrão, Sua morte e
sepultura.
Na homilia deste domingo
(09/04), o Papa Francisco ainda nos diz que “este Jesus, que aceita ser aclamado, mesmo
sabendo que O espera o «crucifica-o!», não nos pede para O contemplarmos apenas
nos quadros, nas fotografias, ou nos vídeos que circulam na rede. Não. Está
presente em muitos dos nossos irmãos e irmãs que hoje, sim hoje, padecem
tribulações como Ele: sofrem com o trabalho de escravos, sofrem com os dramas
familiares, as doenças... Sofrem por causa das guerras e do terrorismo, por
causa dos interesses que se movem por trás das armas que não cessam de matar.
Homens e mulheres enganados, violados na sua dignidade, descartados.... Jesus está
neles, em cada um deles, e com aquele rosto desfigurado, com aquela voz rouca,
pede para ser enxergado, reconhecido, amado. (..) Não há outro Jesus: é o mesmo
que entrou em Jerusalém por entre o acenar de ramos de palmeira e oliveira. É o
mesmo que foi pregado na cruz e morreu entre dois ladrões. Não temos outro
Senhor para além d’Ele: Jesus, humilde Rei de justiça, misericórdia e paz.”
JESUS É
O NOSSO REI!
http://formacao.cancaonova.com/liturgia/tempo-liturgico/quaresma/a-importancia-do-domingo-de-ramos
(by PASCOM)