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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Divulgada mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial do Doente 2015


O Vaticano divulgou hoje, 30 de dezembro, a mensagem do papa Francisco para o 23º Dia Mundial do Doente. Instituído pelo papa João Paulo II em 1992, o Dia Mundial do Doente é celebrado em 11 de fevereiro, festividade da Virgem de Lourdes. Leia, na íntegra, o texto:

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O XXIII DIA MUNDIAL DO DOENTE

(11 DE FEVEREIRO DE 2015)

«Sapientia cordis. “Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo” (Jó 29, 15)»

Queridos irmãos e irmãs,

Por ocasião do XXIII Dia Mundial do Doente, instituído por São João Paulo II, dirijo-me a todos vós que carregais o peso da doença, encontrando-vos de várias maneiras unidos à carne de Cristo sofredor, bem como a vós, profissionais e voluntários no campo da saúde.

O tema deste ano convida-nos a meditar uma frase do livro de Jó: «Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo» (29, 15). Gostaria de o fazer na perspectiva da «sapientia cordis», da sabedoria do coração.

1. Esta sabedoria não é um conhecimento teórico, abstrato, fruto de raciocínios; antes, como a descreve São Tiago na sua Carta, é «pura (…), pacífica, indulgente, dócil, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem hipocrisia» (3, 17). Trata-se, por conseguinte, de uma disposição infundida pelo Espírito Santo na mente e no coração de quem sabe abrir-se ao sofrimento dos irmãos e neles reconhece a imagem de Deus. Por isso, façamos nossa esta invocação do Salmo: «Ensina-nos a contar assim os nossos dias, / para podermos chegar à sabedoria do coração» (Sal 90/89, 12). Nesta sapientia cordis, que é dom de Deus, podemos resumir os frutos do Dia Mundial do Doente.

2. Sabedoria do coração é servir o irmão. No discurso de Jó que contém as palavras «eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo», evidencia-se a dimensão de serviço aos necessitados por parte deste homem justo, que goza de uma certa autoridade e ocupa um lugar de destaque entre os anciãos da cidade. A sua estatura moral manifesta-se no serviço ao pobre que pede ajuda, bem como no cuidado do órfão e da viúva (cf. 29, 12-13).

Também hoje quantos cristãos dão testemunho – não com as palavras mas com a sua vida radicada numa fé genuína – de ser «os olhos do cego» e «os pés para o coxo»! Pessoas que permanecem junto dos doentes que precisam de assistência contínua, de ajuda para se lavar, vestir e alimentar. Este serviço, especialmente quando se prolonga no tempo, pode tornar-se cansativo e pesado; é relativamente fácil servir alguns dias, mas torna-se difícil cuidar de uma pessoa durante meses ou até anos, inclusive quando ela já não é capaz de agradecer. E, no entanto, que grande caminho de santificação é este! Em tais momentos, pode-se contar de modo particular com a proximidade do Senhor, sendo também de especial apoio à missão da Igreja.

3. Sabedoria do coração é estar com o irmão. O tempo gasto junto do doente é um tempo santo. É louvor a Deus, que nos configura à imagem do seu Filho, que «não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão» (Mt 20, 28). Foi o próprio Jesus que o disse: «Eu estou no meio de vós como aquele que serve» (Lc 22, 27).

Com fé viva, peçamos ao Espírito Santo que nos conceda a graça de compreender o valor do acompanhamento, muitas vezes silencioso, que nos leva a dedicar tempo a estas irmãs e a estes irmãos que, graças à nossa proximidade e ao nosso afeto, se sentem mais amados e confortados. E, ao invés, que grande mentira se esconde por trás de certas expressões que insistem muito sobre a «qualidade da vida» para fazer crer que as vidas gravemente afectadas pela doença não mereceriam ser vividas!

4. Sabedoria do coração é sair de si ao encontro do irmão. Às vezes, o nosso mundo esquece o valor especial que tem o tempo gasto à cabeceira do doente, porque, obcecados pela rapidez, pelo frenesi do fazer e do produzir, esquece-se a dimensão da gratuidade, do prestar cuidados, do encarregar-se do outro. No fundo, por detrás desta atitude, há muitas vezes uma fé morna, que esqueceu a palavra do Senhor que diz: «a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40).

Por isso, gostaria de recordar uma vez mais a «absoluta prioridade da “saída de si próprio para o irmão”, como um dos dois mandamentos principais que fundamentam toda a norma moral e como o sinal mais claro para discernir sobre o caminho de crescimento espiritual em resposta à doação absolutamente gratuita de Deus» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 179). É da própria natureza missionária da Igreja que brotam «a caridade efectiva para com o próximo, a compaixão que compreende, assiste e promove» (Ibid., 179).

5. Sabedoria do coração é ser solidário com o irmão, sem o julgar. A caridade precisa de tempo. Tempo para cuidar dos doentes e tempo para os visitar. Tempo para estar junto deles, como fizeram os amigos de Jó: «Ficaram sentados no chão, ao lado dele, sete dias e sete noites, sem lhe dizer palavra, pois viram que a sua dor era demasiado grande» (Job 2, 13). Mas, dentro de si mesmos, os amigos de Jó escondiam um juízo negativo acerca dele: pensavam que a sua infelicidade fosse o castigo de Deus por alguma culpa dele. Pelo contrário, a verdadeira caridade é partilha que não julga, que não tem a pretensão de converter o outro; está livre daquela falsa humildade que, fundamentalmente, busca aprovação e se compraz com o bem realizado.

A experiência de Jó só encontra a sua resposta autêntica na Cruz de Jesus, ato supremo de solidariedade de Deus para conosco, totalmente gratuito, totalmente misericordioso. E esta resposta de amor ao drama do sofrimento humano, especialmente do sofrimento inocente, permanece para sempre gravada no corpo de Cristo ressuscitado, naquelas suas chagas gloriosas que são escândalo para a fé, mas também verificação da fé (cf. Homilia na canonização de João XXIII e João Paulo II, 27 de Abril de 2014).

Mesmo quando a doença, a solidão e a incapacidade levam a melhor sobre a nossa vida de doação, a experiência do sofrimento pode tornar-se lugar privilegiado da transmissão da graça e fonte para adquirir e fortalecer a sapientia cordis. Por isso se compreende como Jó, no fim da sua experiência, pôde afirmar dirigindo-se a Deus: «Os meus ouvidos tinham ouvido falar de Ti, mas agora vêem-Te os meus próprios olhos» (42, 5). Também as pessoas imersas no mistério do sofrimento e da dor, se acolhido na fé, podem tornar-se testemunhas vivas duma fé que permite abraçar o próprio sofrimento, ainda que o homem não seja capaz, pela própria inteligência, de o compreender até ao fundo.

6. Confio este Dia Mundial do Doente à protecção materna de Maria, que acolheu no ventre e gerou a Sabedoria encarnada, Jesus Cristo, nosso Senhor.

Ó Maria, Sede da Sabedoria, intercedei como nossa Mãe por todos os doentes e quantos cuidam deles. Fazei que possamos, no serviço ao próximo sofredor e através da própria experiência do sofrimento, acolher e fazer crescer em nós a verdadeira sabedoria do coração.

Acompanho esta súplica por todos vós com a minha Bênção Apostólica.

Vaticano, 3 de Dezembro – Memória de São Francisco Xavier – do ano 2014.

Franciscu

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Nova Paróquia

Diante do voto favorável, por unanimidade, do Conselho Presbiteral da Arquidiocese de Mariana, o Senhor Arcebispo Dom Geraldo Lyrio Rocha decidiu criar a Paróquia de São Sebastião, em Monsenhor Isidro, no Município de Itaverava. Esta notícia, acolhida com grande alegria, foi comunicada pelo próprio Dom Geraldo ao término da celebração de dedicação da igreja de São Sebastião, Monsenhor Isidro, no sábado passado, dia 20 deste mês de dezembro. A instalação da nova paróquia será feita em data a ser definida.

Nomeações e Transferências

Depois de ouvir o Conselho Episcopal, o Senhor Arcebispo Dom Geraldo Lyrio Rocha nomeou Côn. Tarcísio Sebastião Moreira, Pároco da Paróquia de São Sebastião, em Barbacena; Pe. João Paulo Guedes, Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Rio Casca; Pe. Eduardo Bastos de Souza, Pároco da Paróquia de São José, em Congonhas; Pe. Jamilson Inácio da Silva, Pároco da Paróquia do Bom Jesus da Cana Verde, em Tabuleiro: Pe. Afrânio Vieira de Almeida, Administrador Paroquial da Paróquia de São Pedro, em Barbacena; Pe. Thiago José Gomes, Administrador Paroquial da Paróquia de São Brás, em São Brás do Suaçuí; Pe. Rogério Augusto de Oliveira, Vigário Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto; Pe. Mauro Lúcio de Carvalho, Colaborador na Paróquia de São Sebastião, em Ponte Nova; Pe. Wenderson José da Silva, Colaborador na Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré, em Cachoeira do Campo; Pe. Geraldo de Souza Rodrigues, Assessor Arquidiocesano da Catequese; Pe. Adelson Laurindo S. Clemente, Assessor Arquidiocesano da Infância e Adolescência Missionária e Pe. Paulo Vicente Ribeiro Nobre, que teve também seu nome aprovado pelo Conselho Curador da Fundação Marianense de Educação, foi designado para o cargo de Diretor do Colégio Arquidiocesano de Ouro Preto (Unidade I e Unidade II – Cônego Paulo Dilascio)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Avisos

·       Encerramento da Novena de Natal: Domingo, dia 21 ás 19h nos setores: São João Batista (Santuário) Nossa Senhora Perpétuo Socorro (Leão XIII), Nossa Senhora do Rosário (Viúva).

  •   Horários das Celebrações durante as Festividades do Natal.Dia 24 – Quarta-feira – 20h - Igreja do Rosário, São Miguel e Santuário.Dia 25 – Natal – 07h e 19h30 no Santuário.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

SEMANA VOCACIONAL 2015 - JOVEM, PARTICIPE!

A Arquidiocese de Mariana através do Seminário São José promoverá a Semana Vocacional 2015. Trata-se de um momento único para que adolescentes e jovens que sintam um chamado especial de Deus no coração para o Sacerdócio, possam discernir e aprofundar este chamado, procurando oferecer-Lhe uma resposta. 



É importante frisar que Deus continua chamando. O Cristo continua passando em nossas comunidades, cidades, bairros e dizendo: "Vem e Segue-me! É isso mesmo! Como lembra o próprio tema desta Semana: "Cristo te chama. Cristo te espera." 

Venha participar conosco. Para os que pretendem ingressar na etapa do Ensino Médio (Grupo de Orientação Vocacional), a Semana Vocacional acontecerá em Mariana - MG. Para os que pretendem ingressar na etapa do Propedêutico, após o Ensino Médio, a Semana Vocacional acontecerá em Barbacena - MG. 

Contatos para maiores informações pelos telefones e emails que estão no cartaz ou na própria secretaria de sua paróquia. Confira, se informe e participe! Faça sua inscrição.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Assembleia Arquidiocesana avalia caminhada pastoral e propõe ações para o trabalho em 2015




      Terminou na manhã deste sábado, dia 29, a XXII Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, que reuniu mais de 100 pessoas entre leigos, leigas, diáconos, presbíteros e religiosas, no Seminário de Filosofia, em Mariana.

     Com o tema “Nossa comunidade eclesial à luz do PAE e da proposta de conversão pastoral”, o encontro, além de possibilitar a integração e o maior desenvolvimento do trabalho pastoral na Arquidiocese, teve também o objetivo de dar novo fôlego aos sacerdotes e leigos que assessoram, dirigem e desenvolvem atividades pastorais. “Queremos animar nossas comunidades a viverem a gratidão pelas conquistas pastorais e a buscarem com novo ardor a conversão pastoral, a fim de que nossas paróquias sejam cada vez mais lugar de missão e de vivência da fé”, explica o Coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Padre Geraldo Martins Dias.

       Participaram da Assembleia os membros do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) e a Equipe Executiva do PAE. Segundo o arcebispo de Mariana, dom Geraldo Lyrio Rocha, é preciso tornar efetiva a “conversão pastoral”. “Precisamos passar de uma ação pastoral de conservação para uma conversão pastoral missionária. Segundo o papa Francisco, temos que viver esta Igreja em saída, indo para fora, especialmente para as periferias humanas, existenciais mas também geográficas. Não podemos ficar somente alimentando as estruturas do passado. É necessário levarmos a proposta de Jesus Cristo para todos”, disse dom Geraldo. Ainda segundo o arcebispo, a missão é grande e importante. “A missão é muito maior que nós e ainda bem que é assim. Que o Espírito de Deus nos acompanhe para que possamos dar esta virada tão importante”, explicou.

      O trabalho de reflexão contou com a assessoria da pedagoga e integrante da Dimensão Sociopolítica, Sandra de Assis Reis, e da professora e integrante da Dimensão Litúrgica, Cleuza Aparecida Nascimento, que apresentaram um diagnóstico do trabalho pastoral na Arquidiocese, além de perguntas que motivaram a reflexão nos grupos. Após vários momentos de debate, exposição e trabalhos em grupos, os participantes redigiram um documento onde apresentam, além da avaliação do encontro, ações que vão direcionar o trabalho evangelizador em toda a Arquidiocese. No documento, os participantes afirmam que em 2015 o trabalho de escuta, definido no Plano Arquidiocesano de Evangelização (PAE), será intensificado tendo em “vista a elaboração do novo Projeto de Evangelização que deverá ter como ênfase a missão.”



Decisões e compromissos assumidos na 22ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral

     “Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas” (Ez 34,11) Reunidos na 22ª Assembleia de Pastoral da Arquidiocese de Mariana, nos dias 28 e 29 de novembro de 2014, nós leigos e leigas, presbíteros, diáconos e religiosas, representantes do Povo de Deus que está nesta Igreja Particular, guiados pelo nosso pastor, dom Geraldo Lyrio Rocha, refletimos o tema “Nossa comunidade eclesial à luz do PAE e da proposta de conversão pastoral”. Tivemos como objetivo: Animar nossas comunidades a viverem a gratidão pelas conquistas pastorais e a buscarem com novo ardor a conversão pastoral a fim de que nossas paróquias sejam cada vez mais lugar de missão e de vivência da fé.

       Alegrou-nos constatar que é cada vez maior o número de iniciativas que levam a Boa Nova do Evangelho às nossas comunidades. Cresce, entre nós, a consciência do protagonismo dos leigos e leigas. É forte a disposição de renovar nossas paróquias levando-as a uma conversão pastoral, assumindo uma atuação decididamente missionária e buscando a descentralização da paróquia e a superação de estruturas caducas que já não respondam mais às exigências de nosso tempo. O Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE) tem nos ajudado a viver a comunhão e a participação de maneira intensa. A formação, especialmente por meio dos Centros de Estudos Teológicos (CETE) tem sido uma experiência muito boa em nossas Regiões.

       A alegria destas e de outras constatações, porém, não fechou nossos olhos para nossas fraquezas e limites. Assim, constatamos, entre outras coisas, o cansaço de grande parte de nossos agentes de pastoral e de nossos presbíteros, consequência da sobrecarga de trabalhos. Lamentamos o descompasso que muitas vezes há entre ministros ordenados e agentes leigos, dificultando o anúncio do Reino. Reconhecemos nossa impotência diante de inúmeros desafios que a realidade político-social nos apresenta. Assumimos que, apesar de nossos esforços, ainda não conseguimos escutar satisfatoriamente os afastados como nos propusemos na última assembleia. Da mesma forma, admitimos nossa dificuldade em tornar a dimensão sociopolítica uma realidade presente em todas as nossas paróquias. Nosso sonho de uma Igreja toda ministerial também ainda não se concretizou satisfatoriamente.


     Debruçamo-nos sobre estas e outras questões a fim de encontrar caminhos que aperfeiçoem as experiências que estão dando certo e ajudem a superar nossos limites e desafios. Assistidos pelo Espírito
Santo, que nos reuniu nesta assembleia, consideramos como ações importantes para nosso trabalho evangelizador:


     1. Avançar no estudo, na compreensão e na investidura dos ministérios assumidos por leigos e leigas;
     2. Intensificar a formação através do Centro de Estudos Teológicos (CETE), da Escola Fé e Política
Dom Luciano Mendes de Almeida e de iniciativas de caráter popular;
     3. Dar atenção às juventudes, discutindo caminhos que reúnam as várias expressões juvenis na
Arquidiocese;
     4. Aperfeiçoar a descentralização em nossas comunidades suscitando e renovando lideranças e
buscando superar estruturas que não respondem mais aos apelos da evangelização hoje;
    5. Cuidar da espiritualidade das comunidades por meio da celebração da Palavra, retiros espirituais,Ofício Divino das Comunidades, leitura orante da Palavra;
    6. Fortalecer a dimensão sociopolítica nas paróquias a partir das pastorais sociais, especialmente a carcerária, da sobriedade e de iniciativas como a implantação dos Fóruns Intermunicipais por
políticas públicas para criança e do adolescente, bem como o enfrentamento profético do problema das drogas.


      Assumimos como prioridade para 2015 a continuidade da escuta aos afastados em vista a elaboração do novo Projeto de Evangelização que deverá ter como ênfase a missão.


       Animanos-nos a palavra de Jesus, Bom Pastor, que garante sua presença na missão que Ele mesmo  nos confia: “Eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos” Mt 28,20



Mariana, 29 de novembro de 2014.